Declarações após o jogo da segunda jornada da I Liga de futebol entre Moreirense e Arouca (3-1), que decorreu hoje em Moreira de Cónegos:
– César Peixoto (treinador do Moreirense): “Foi uma vitória justa, não entrámos da melhor forma, sofremos um golo, mas tivemos uma reação fortíssima, a equipa não tremeu, não abanou, seguiu o plano de jogo, meteu a bola no chão e fez dois golos. Na segunda parte, gerimos mais o jogo, não tanto com bola. O Alanzinho sentiu uma coisa na coxa [saiu ao intervalo] e é um jogador muito importante na primeira fase de pressão, tivemos mais dificuldades em bloquear o jogo do Arouca, que teve mais bola. Nós soubemos estar organizados e ‘matar’ o jogo e, depois, soubemos sofrer sem bola e acabámos por ganhar bem.
Destaco a capacidade de trabalho e mental da equipa. A perder deu a volta e [em Faro] a ganhar sofreu o empate e, com menos um, reagiu. Essa capacidade da equipa se unir e competir até ao fim é o que mais retirámos. Tem praticado uma boa qualidade de jogo e acredita na ideia e no plano de jogo.
Hoje, nunca sofremos muitas transições, podíamos ter gerido o jogo melhor com bola na segunda parte, mas o Arouca também tem qualidade e vai fazer um bom campeonato.
(Duas vitórias em duas jornadas) É muito importante esse ganho de confiança, a seguir vêm jogos com o Braga e o Benfica e perspetivámos estes dois jogos com equipas em que teoricamente tínhamos mais possibilidades de discutir o resultado. Mas, é jogo a jogo, estas duas vitórias acrescentam confiança, pontos e qualidade, mas há muito trabalho e muito campeonato pela frente. Queremos fazer de cada jogo uma final, planear a semana da melhor forma e um plano de jogo idealmente perfeito para jogarmos em todo o lado pelos três pontos”.
– Gonzalo García (treinador do Arouca): “Começámos bem, com bola, não como no jogo anterior, mas com um certo controlo e tranquilidade. Fizemos o golo e tivemos um par de chegadas à baliza contrária, mas, na primeira parte, apesar de bem colocados, tivemos zero agressividade. Deixámos girar a bola, passes fáceis, [mas] jogámos com uma muito boa equipa, organizada e com boas ideias. Deixámos que nos fizessem golos de forma muito fácil, eram muito evitáveis. Conseguimos construir e criámos boas ocasiões para marcar, mas encaixar golos tão fáceis, não é fácil para nós.
(Substituições ao intervalo) Faltavam-nos muitos jogadores, tivemos que fazer um ‘onze’ guardando algumas possibilidades [no banco] para nos darem alguma velocidade. Faltou agressividade, perdíamos todos os duelos, mesmo estando bem posicionados. Podes jogar bem futebol e fazer muitas coisas melhores que o adversário, mas sem coração é impossível [ganhar], não gostei disso.
(Duas derrotas pesam?) Perder nunca é bonito, não estou contente como é óbvio, é mais fácil ter confiança ganhando. Saímos do jogo com o Vitória de Guimarães com sensações boas e hoje com uma sensação parecida.
Utilizámos jogadores que jogaram pouco na pré-época e hoje fizeram 90 minutos por lesões de alguns jogadores. Precisamos de algum tempo para ter os jogadores todos”.