Declarações após o jogo da 11.ª jornada da I Liga de futebol entre Gil Vicente e Arouca, que decorreu hoje em Barcelos (1-1).
Ricardo Soares (treinador do Gil Vicente): “Reagimos bem ao golo sofrido, como se deve reagir nessas circunstâncias, sem perder a identidade, foi uma reação forte e boa. Mas, nos primeiros 10 minutos, não entrámos bem, quisemos pressionar alto, mas o Arouca obrigou-nos a correr muito para trás, não nos criou problemas, mas tirou confiança e desgastou a equipa.
Recuperámos pouquíssimas bolas nessa fase, depois estabilizámos e quando estávamos por cima do jogo o Arouca fez um grande golo. Não nos perturbámos, soubemos reagir. Ao intervalo, conversámos e fizemos 10/15 minutos muito bons, avassaladores, continuámos fortes e podíamos ter passado para a frente do marcador, mas depois ficámos aquém do que eu queria, um certo descontrolo emocional, não fomos iguais a nós próprios, algo precipitados, mas sempre por cima do jogo. Na parte final, podíamos ter marcado, queríamos muito ter ganho, mas é mais um pontinho na nossa caminhada. Agora é pensar na Taça de Portugal, prova na qual temos aspirações.
Frustrado não saio, quem não estiver preparado para perder nunca saberá ganhar, saio feliz porque os jogadores foram fantásticos, é muito difícil criar situações de golo na I Liga e o Gil Vicente cria oportunidades atrás de oportunidades, por vezes até dentro da pequena área. A equipa é muito jovem, eles estão a crescer, mas aqui ou ali falta alguma maturidade para uma finalização com mais qualidade. Já somos uma equipa competitiva, mas falta esse parâmetro que faz toda a diferença, que é a eficácia.
Não foi um dos nossos melhores jogos, mas estou feliz pelo grande trabalho dos meus jogadores”.
Armando Evangelista (treinador do Arouca): “Entrámos bem, personalizados, a controlar o jogo, a circular a bola e a conseguir espaços, foram 25/30 minutos de boa qualidade. Depois do golo, a responsabilidade de segurar o resultado custou-nos caro. O meio-campo encolheu-se em demasia, ficou muito próxima da linha defensiva, começámos a dar espaços ao Gil Vicente que, com um jogo de profundidade muito forte, criou-nos problemas. Procurámos corrigir isso ao intervalo, e corrigimos, pena foi a infelicidade do golo sofrido porque o jogo estava controlado, com mais ascendente de posse de bola do Gil Vicente, mas sem criar oportunidades para finalizar.
Depois, veio a expulsão do André Silva quando tinha acabado de mexer com jogadores com características mais ofensivas para ter uma chegada diferente. Tivemos que nos reorganizar a partir daí e segurar o ponto que tínhamos no bolso. Face ao desenrolar do jogo somámos um ponto”.