ARTIGO DE SANDRA AMORIM
Membro do secretariado concelhio das Mulheres Socialistas – Igualdade e Direitos de Braga.
Sou Estudante, mulher, instigada pela curiosidade. Sou quem presta atenção nas aulas, quem quer saber mais questionando os conceitos. Procuro mais conhecimento para completar a minha orientação educacional e começo a entender os valores da liberdade, igualdade e fraternidade. A justiça, a democracia, a diversidade, a inovação e o progresso são os pilares do meu crescimento. Defendo o ensino publico gratuito para todos.
Sou Profissional de Saúde, mulher que trabalha por turnos em que todos os dias estou sujeita a pesadas cargas de stress diário. Lido com a dor e o sofrimento na sua ampla sucessão de sentimentos. Tento dar respostas muitas vezes vinculadas a decisões que implicam “incertezas e limites do conhecimento”. Sou a mão amiga e a esperança que supre as expectativas dos pacientes, familiares e dos meus pares. Defendo o Serviço Nacional de Saúde tendencialmente gratuito para todos, sem cor nem credo.
Sou Autarca, mulher com a consciência do território onde estou inserida. Quero sempre melhorar as condições de vida da minha população, melhorar as infraestruturas que dão suporte às diferentes atividades locais. Sou a mulher próxima dos idosos que carecem de família, dos meninos do pré-escolar que precisam de transporte para visitarem o jardim zoológico. Sou agente decisiva no desenvolvimento económico, social e cultural da minha terra. Defendo a proximidade das populações e coesão territorial.
Sou Professora, mulher que planta a semente. Compartilho conhecimento, ensino os diferentes caminhos, faço o meu aluno dialogar, respeitar, ter espírito critico, criar vínculos e compreender o outro. Observo e ensino o desenvolvimento humano constante a seu ritmo, invisto nas mulheres e homens do futuro, porque acredito numa sociedade cada vez mais justa, coerente e democrática como um processo contínuo, na paridade entre os géneros e na vida cívica. Isto, exige dedicação e amor. Defendo um ensino para todos sem desigualdades no ensino educativo público.
Sou Operadora Fabril, mulher, e meu esforço diário começa as bem cedo pela da manhã, faça chuva ou faça sol, utilizando os transportes públicos. A rotina da produção na unidade é o mote para ajudar na defesa dos direitos das minhas colegas que estão grávidas ou que cuidam dos seus familiares quando mais necessitam. Luto contra a precariedade que ainda existe na mente de algumas entidades patronais que não entendem o significado de vínculo laboral. Defendo o direito ao trabalho em condições dignas que ajude no crescimento da nossa economia.
Sou Agente de Autoridade, mulher que detém o poder da autoridade nos termos e limites previstos na Constituição e na lei. Assumo em mim como obrigação fundamental do Estado democrático em assegurar plenamente as funções de soberania, garantindo nomeadamente o direito à segurança, a coesão e a defesa nacional. Defendo e protejo bens e pessoas.
Sou Mãe, mulher que ampara todas as mulheres e homens. Do meu ventre saem as mulheres do futuro que irão continuar a lutar por uma sociedade mais justa e mais igualitária, que defenda e promova os direitos humanos e da paz.
O papel da mulher socialista não se esgota nesta amostra. Ela é uma verdadeira cultura de liberdade, de autonomia, descentralização, iniciativa, criatividade, comunicação, participação no espaço público, celebração da diversidade e das diferenças.
A mulher socialista no seu dia a dia combate as desigualdades e discriminação com base no nascimento, género, raça, orientação sexual, religião ou outras convicções e defende o ambiente, o desenvolvimento sustentável e a consciência ecológica na procura de políticas públicas inteligentes e sustentáveis.
Quem sou eu? Sou mulher. Sou socialista.