Filipe Anacoreta Correia nasceu na freguesia da Sé Nova, em Coimbra, a 23 de Setembro de 1972, cresceu no Porto onde tirou o curso de Direito na Universidade Católica, vive em Lisboa e tem raízes minhotas que perpassam toda a sua vida. É a escolha para cabeça de lista de Viana do Castelo pelo CDS-PP.
Casou em Ponte de Lima em 2004 com Maria Cecília Graça com quem tem quatro filhos. Todos eles batizados na vila limiana. Passou largos períodos da sua adolescência e juventude, em casa de familiares, onde regressa com frequência.
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Segundo revelou a O MINHO, “as férias da Páscoa e de Natal são passadas no distrito de Viana” e as próximas, daqui a uns dias, não serão exceção.
Mas se dúvidas houvesse das ligações minhotas do candidato, os avós maternos são mais uma prova.
“A minha avó era de Vila Verde e o meu avô de Viana do Castelo e desde o berço que passo longas temporadas quer em Viana quer em Ponte de Lima onde também tenho família”.
Pai fundador do CDS em Viana
O pai foi um dos fundadores do CDS-PP em Viana do Castelo e encabeçou a lista a deputados pelo Distrito nas eleições de 1976: “foi um desafio lançado pelo Amaro Gomes da Costa numa altura em que os militantes do CDS eram perseguidos”.
Por isso, quando foi desafiado pela presidente do partido, Assunção Cristas, para encabeçar a lista, Anacoreta Correia, não hesitou.
“É um gosto e uma honra porque é um Distrito que me diz muito. Reconheço que é um grande desafio”.
“Não consigo ser deputado sem ter uma proximidade ao círculo eleitoral e por isso, encaro este desafio com grande exigência. Acho que é o candidato que cria um vínculo de proximidade com os eleitores porque de outra forma não faz sentido”, revelou ainda a O MINHO.
Campanha de festa
Ainda que as eleições legislativas estejam longe, Filipe Anacoreta Correia promete ser um candidato “de grande proximidade” e aproveitando a experiência de deputado e pertencendo a uma comissão parlamentar, “aprofundar o relacionamento com o sector social do Distrito”.
“Vamos fazer uma campanha para que os eleitores percebam que estamos ao lado deles, seja nos bons exemplos seja no desemprego e na experiência de pobreza que ainda se sente no Distrito”, elogiando os militantes e simpatizantes do partido: “temos um dos melhores autarcas do país com uma excelente equipa por trás, temos equipas muito boas noutros concelhos e vamos aproveitar isso”.
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A campanha terá que ser uma festa porque “associo o Alto Minho à família e à festa”, não faltando ações nas Festas da Senhora da Agonia, no São Bartolomeu, nas Feiras Novas ou em S. João de Arga.
Votação dos bons velhos tempos
Anacoreta Correia não se esquece que em 1987, “o CDS tinha uma expressão muito forte no Distrito com cerca de 30 mil votos e desde aí passou para os 20 mil”. Por isso, “gostaríamos de recuperar essa importância baseando-nos nos valores que são intrínsecos ao partido e que as pessoas reconhecem”.
Anacoreta Correia trabalhou como Adjunto na Secretária de Estado Adjunta do Ministro da Economia, Dulce Franco, e no Gabinete do Ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento.
A revista Argos, em 2005, apresentou uma lista com 35 talentos com menos de 35 anos e o nome de Anacoreta Correia era um deles.
É como uma das vozes contra a liberalização do aborto que se torna mais conhecido levando-o depois a filiar-se no CDS-PP, onde dinamizou um movimento apelidado de “Alternativa e Responsabilidade”.
Este movimento ganhou visibilidade pública pelas críticas que fez à liderança de Paulo Portas e que teria, como consequência, a apresentação de uma lista liderada por Anacoreta Correia, à liderança do partido, em 2014.
Dois anos mais tarde, foi convidado a integrar as listas de candidato a Deputado na Assembleia da República pelo círculo de Lisboa, cargo que atualmente desempenha.
Em 2017, nas eleições autárquicas, foi o candidato da coligação “Nossa Lisboa” (CDS-MPT-PPM) à Junta de Freguesia de Alcântara, em Lisboa, onde conseguiu 699 votos (10,83%), atrás de PSD (11,56%) e PS (58,62%).