País
Quebra homóloga da atividade turística volta a acentuar-se em setembro
Segundo o INE
em

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje a não recuperação da atividade turística em setembro, com os hóspedes a recuarem 52,7% e as dormidas a diminuírem 53,4% face ao mês homólogo do ano anterior.
A quebra verificada de 52,7% em setembro no número de hóspedes, para 1,4 milhões, foi mais intensa do que o INE tinha previsto na estimativa rápida feita no início do mês (-52,2%), enquanto a redução de 53,4% das dormidas, para 3,6 milhões, coincide com o valor previsto.
Esta evolução representa uma nova aceleração das quebras homólogas da atividade turística, fortemente impactada pela pandemia de covid-19, depois da recuperação registada em agosto, em que as descidas ficaram aquém dos 50% (-43,6% e -47,1% nos hóspedes e nas dormidas, respetivamente).
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O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, respondeu hoje implicitamente às declarações do presidente do PSD, Rui Rio, sublinhando que é preciso “evitar que haja tentativas de aproveitamento partidário” neste momento “especialmente difícil” para o país.
“Temos de evitar que haja tentativas de aproveitamento partidário numa circunstância especialmente difícil, dramática, da nossa vida coletiva”, disse à agência Lusa o dirigente socialista, respondendo, assim, a Rui Rio, que pediu hoje ao primeiro-ministro, António Costa, para encerrar as escolas a partir de quinta-feira, de modo a conter a propagação do SARS-CoV-2.
“Faço-lhe um apelo público para que determine o encerramento das escolas” a partir de quinta-feira, escreve Rui Rio, em comunicado, no seguimento das notícias de que Costa “vai repensar, ainda hoje, a questão das aulas presenciais”.
O secretário-geral adjunto do PS sublinhou que, “em nenhum momento, o Governo e o primeiro-ministro deixaram de tomar as decisões que foi necessário tomar, e naturalmente que, em primeiro lugar, vai estar sempre a salvaguarda da vida das pessoas e a salvaguarda da saúde das pessoas”.
Durante a abertura do ciclo de conferências “Recuperar Portugal”, cujo primeiro debate é dedicado a “Desigualdades e Vulnerabilidade Sociais”, José Luís Carneiro disse que “é necessário evitar que uma semana tenhamos atores políticos a defenderem o alargamento e a agilização das medidas, nomeadamente em relação às atividades comerciais e às atividades económicas, e na semana seguinte estarem a exigir maior condicionamento aproveitando aquilo que é também a imprevisibilidade desta pandemia”.

Portugal já terá cerca de 20.000 pessoas infetadas com a variante inglesa do coronavírus SARS-Cov-2, disse hoje à Lusa um dos autores de um estudo realizado pelo laboratório Unilabs para o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).
“Já identificamos mais de 1.500 amostras da estirpe inglesa. Atestando a representatividade da nossa testagem, significa que o país terá neste momento 20 mil infetados de estirpe inglesa. E isso é que explica, de facto, esta explosão (de novos casos) que nós temos tido”, disse Carlos Sousa, especialista em biologia molecular e um dos autores do estudo “Vigilância em tempo real da prevalência e distribuição geográfica da estirpe inglesa do SARS-CoV-2”.
De acordo com Carlos Sousa, o estudo científico extrapola que a variante do SARS-Cov-2, que provoca a doença covid-19, inicialmente detetada no Reino Unido já é “responsável por cerca de 20% das novas infeções em Lisboa e Vale do Tejo” e que “dentro de três semanas a estirpe inglesa vai afetar 60% do total de infetados”.
“A projeção do artigo que nós escrevemos, e que foi agora submetido [no INSA], estima que na semana cinco do (atual) confinamento – primeiras semanas de fevereiro – 60% das infeções já serão pela estirpe inglesa. Será catastrófico, porque se tivermos 14 mil casos por dia ou 15 mil infetados e se forem 60% da estirpe inglesa, então significa que teremos, por dia, cerca de 10 mil casos só de estirpe inglesa, que é cada vez mais infecciosa”, adiantou.
Para o especialista em biologia molecular, o “grande perigo desta estirpe é que tem ela tem uma capacidade de propagação muito alta porque tem cargas virais mais altas”.
Outra conclusão do estudo, “muito interessante por causa da polémica das escolas”, é que na distribuição etária dos infetados pela nova estirpe, a proporção dos indivíduos dos 10 aos 19 anos de idade é mais representativa do que, por exemplo, as pessoas dos 60 aos 69 anos e por aí fora. (…) Por isso é que o Reino Unido fechou as escolas”, disse o especialista”.
Segundo Carlos Sousa, o estudo e o método, por ser em tempo real, permite às autoridades, por exemplo, decretar um “cerco sanitário numa localidade ou numa freguesia e isso é que é o grande ‘insight’ (visão inovadora) deste trabalho”.
“No fundo o que nós conseguimos, e fomos o primeiro país da Europa a seguir a algumas regiões de Inglaterra, é que temos uma monitorização em tempo real de como é que a estirpe inglesa está a atacar, onde e com que extensão. Por exemplo, sabemos que um ou dois municípios em particular – região de Lisboa com o aeroporto perto e outro na zona Norte -, têm ‘clusters’ da estirpe inglesa”.
O INSA e a empresa de laboratórios Unilabs desenvolveram uma ferramenta para monitorizar e sinalizar em tempo real a prevalência e a distribuição geográfica em Portugal da variante do coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, detetada no Reino Unido, permitindo uma melhor atuação das autoridades de saúde pública.
Os investigadores que produziram o relatório apresentam “dados abrangentes” que comprovam que a proporção de amostras desta variante “está a aumentar significativamente em Portugal”.
As conclusões do relatório resultam da análise de 27.096 casos confirmados positivos pelo ensaio “ThermoFisher TaqPath RT-PCR, recolhidos desde 01 de dezembro de 2020, em 287 instalações do laboratório Unilabs distribuídas por todo o continente.
Os investigadores observaram que a proporção de casos da nova variante aumentou de cerca de 1% nas semanas de 30 de novembro a 06 de dezembro de 2020 para 11,4% na semana de 11 a 18 de janeiro deste ano.
Portugal registou hoje 219 mortes relacionadas com a covid-19 e 14.647 novos casos de infeção com o novo coronavírus, os valores mais elevados desde o início da pandemia, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 2.058.226 mortos resultantes de mais de 96,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.465 pessoas dos 581.605 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

O presidente do PSD, Rui Rio, pediu hoje ao primeiro-ministro, António Costa, que encerre as escolas, a partir de quinta-feira, como forma de conter a epidemia de covid-19.
“Faço-lhe um apelo público para que determine o encerramento das escolas” a partir de quinta-feira, escreve Rui Rio, em comunicado, no seguimento das notícias de que Costa “vai repensar, ainda hoje, a questão das aulas presenciais”.
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