Os quatro suspeitos de violação, em grupo, contra duas espanholas, nas Astúrias, durante a madrugada de sábado, são todos residentes no distrito de Braga, segundo apurou O MINHO ao início da tarde desta segunda-feira junto das autoridades judiciais de Gijon que os estão a interrogar, para decidir hoje quais as medidas de coação a aplicar aos quatro bracarenses.
ATUALIZAÇÃO:
Prisão preventiva para dois dos quatro jovens de Braga suspeitos de violação em Espanha
Os jovens, moradores no distrito de Braga, foram detidos em Gijón, Oviedo, nas Astúrias, em Espanha, suspeitos de violação coletiva de duas jovens espanholas de 22 e 23 anos, uma de Gijon e a outra do País Basco, na madrugada de sábado, negam as acusações de abuso sexual, assumindo, no entanto, que mantiveram relações sexuais com as alegadas vítimas.
O Ministério Público pediu a prisão preventiva para dois dos quatro jovens de Braga que estavam em Gijon em férias, depois de terem viajado por várias cidades espanholas.
No Tribunal de Gijon, foi solicitada prisão preventiva sem direito a fiança aos que considera terem sido os principais responsáveis pelas alegadas violações, a par de agressões com objetos cortantes, pedindo para os outros dois bracarenses que fiquem em liberdade provisória, proibidos de contactar por qualquer meio vítimas e testemunhas.
Os quatro jovens, com idades entre 20 e 30 anos, são suspeitos de violações em grupo a duas jovens espanholas de 22 e 23 anos, uma de Gijon e a outra do País Basco.
Os quatro bracarenses, com idades entre os 20 e os 30 anos, foram ouvidos na tarde de domingo em primeiro interrogatório judicial e perante a juíza María Luz Rodríguez Pérez.
Afirmaram estar inocentes e que tudo se passou sem qualquer tipo de violência e com total consentimento das duas jovens, o que contraria o quadro fático encontrado pela Polícia Nacional, que fez uma recolha exaustiva de vestígios hemáticos e outros no próprio local.
A situação chocou toda a Espanha, não só as Astúrias, estando prevista para o final desta tarde uma manifestação de repúdio, em Gijon, com muitos políticos nacionais espanhóis a condenar de forma veemente as alegadas violações, que serão determinadas a partir dos relatórios clínicos e perícias hospitalares, bem como mais testemunhos de quem estava no hotel, o que será fundamental para o despacho final hoje da juíza de instrução criminal.
A ministra espanhola para a Igualdade, Irene Montero, foi uma das primeiras a condenar o caso, manifestando “toda a minha repulsa” e prometendo que “não irei parar” até que a liberdade sexual das mulheres “seja um direito realmente protegido”, sendo que no dia 6 de julho, o governo espanhol aprovou a lei da liberdade sexual, punindo pune o sexo não consentido, o que contribuiu para o coro de protestos. dos mais altos responsáveis locais, regionais e nacionais, a nível político, bem como organizações humanitárias espanholas.
Notícia atualizada às 16h02 com mais informação e às 22h44 referindo que se trata do distrito de Braga.