Ricardo Quaresma com as cores do Vitória SC é algo que surpreendeu o mundo do futebol, não deixando alheios adeptos que quiseram imortalizar essa transferência.
Um desses casos é do artista urbano Miguel Mazeda, cujo nome artístico é Guel Do It.
O desenhador natural de Gaia, mas sócio do Vitória já há alguns anos, decidiu pintar na parede exterior do estúdio que possui, na cidade do distrito do Porto, um tributo ao Quaresma no clube do coração.
A O MINHO, Miguel (ou Guel) explica que é adepto do Vitória há vários anos, fruto da família que tem em Guimarães o ter levado várias vezes para assistir jogos no D. Afonso Henriques.
O facto de também já ter iniciado uma ligação mais profissional com o clube, depois de ter requalificado a parte interior das bancadas, nas galerias do estádio, levou a que Miguel Mazeda decidisse fazer este tributo ao ‘mustang’ que chegou a cavalo ao berço da nação.
“Fiz também porque tenho uma profunda admiração pelo jogador e pelo ser humano, acho que tem um peso brutal, tanto no país como no mundo, é um jogador que sempre admirei e quando o vi a chegar ao meu clube, primeiro fiquei surpreendido e depois achei que fazia todo o sentido criar uma homenagem”, disse ao nosso jornal o artista urbano.
Guel diz ainda que, embora não conheça a pessoa a fundo, vê em Quaresma “um grande coração”, confessando que também o admira “muito” como pessoa.
Confidencia em exclusivo a O MINHO que Ricardo Quaresma já o contactou, dando-lhe os parabéns pela obra, algo que “enche de orgulho” o artista.
Para o futuro, Miguel tem em vista mais colaborações com o clube preto-e-branco, mas isso será “só mais lá para a frente”.
Homenagem aos profissionais de saúde
Miguel Mazeda foi o autor de um badalado mural pintado no Hospital de Gaia, em homenagem aos profissionais de saúde. O autor destaca aquele trabalho “pelo momento que atravessámos”.
“Esse trabalho surgiu inicialmente por vontade do hospital em colorir uma zona em construção e que se sabia que ia ficar muito cinzenta. Houve essa vontade de colorir o espaço por parte do hospital e a empresa responsável pela obra, o Grupo ABB, de Braga, contactou-me para colorir o local”, explica.
O artista explica que o trabalho que realiza é feito “preferencialmente com latas de spray”, embora também utilize tinta plástica, “para fundos e bases”. “Mas todos os desenhos são trabalhados a latas de spray”.
Refere que, para o mural do Quaresma, deve ter utilizado cerca de 30 latas, mas só “cinco ou seis” é que ficaram totalmente vazias.
“É um bocado assim, porque há várias cores, ou então, mesmo que não tenha muitas, há sempre algumas cores associadas e acabámos por precisar de muitas latas de cores diferentes, nem que seja só para um retoque”, explicou.