A Universidade do Minho teve um impacto económico de 197 milhões de euros em 2014, mais 120 milhões do que em 2012-2013, e gerou mais de 4 mil postos de trabalho indiretos, segundo o Relatório de Sustentabilidade daquela instituição.
Apresentado esta quinta-feira, o documento atesta ainda a preocupação ambiental da academia minhota que continua o “processo de desmaterialização” evitando o uso do papel, o que se traduziu uma redução de 44% de toneladas de papel utilizadas.
Ligada à questão ambiental, um dos indicadores analisados foi o da mobilidade concluindo-se que 70% dos docentes ainda utilizam a viatura própria para se deslocarem para os campus universitários estando a ser ultimado um “projeto de mobilidade” no sentido de reduzir este número.
“São dados que provam que a universidade cresce de um modo saudável, tem maior impacto nas suas várias dimensões e fá-lo de um modo sustentável e consciente”, considerou o reitor da academia, António Cunha.
O número revelado – 197 milhões de euros de impacto económico – resulta da análise de vários indicadores: “O impacto direto mede os salários que pagamos a professores e a não docentes. O impacto indireto corresponde a compras no mercado, hábitos e necessidades dos estudantes que vêm para aqui estudar e investigar, já o impacto induzido tem que ver com os hábitos económicos dos alunos e que potenciam o desenvolvimento económico na região”, explicou o pró-reitor da UMinho para a Sustentabilidade, Paulo Ramízio.
Além do impacto económico, a pegada ambiental da instituição minhota é um dos vetores analisados no documento, com resultados “bastante satisfatórios”, como a diminuição de emissões de dióxido de carbona, no consumo de papel (menos 44% de toneladas utilizadas), redução nos consumos de água e tinteiros, entre outros indicadores, ainda assim ainda há muito que fazer evoluir.
“Temos estado num processo de desmaterialização. Aquilo que antigamente se fazia, por transmissão de papel entre pessoas, o que quintuplicava a quantidade de papel, hoje é feito por transmissão eletrónica”, apontou Paulo Ramízio.
Os números mais desanimadores aparecem no capítulo da mobilidade sendo que mais de 70% dos docentes ainda utilizam viatura própria para se deslocarem para a academia, hábito que a instituição pretende contrariar.
“Estamos a trabalhar num projeto de mobilidade dentro dos campi e da relação dos campi com a cidade, estamos a desenvolver uma bicicleta com duas componentes: uma convencional para pedalar e outra com motor elétrico”, adiantou o responsável.
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