A Rússia enfrentou uma “agressão direta” através de ciberataques do Ocidente durante a invasão da Ucrânia, mas defendeu-se com sucesso, afirmou hoje o Presidente russo, Vladimir Putin.
Num discurso aos membros do Conselho de Segurança russo, Putin observou que os “desafios nessa área tornaram-se ainda mais prementes, sérios e extensos”.
O Presidente russo denunciou que foi “desencadeada uma agressão direta contra a Rússia, uma guerra travada no espaço da informação”, acrescentando que a agressão cibernética contra Moscovo, “tal como o ataque em forma de sanções, falhou”.
Putin ordenou aos funcionários para que “aperfeiçoassem e reforçassem os mecanismos de garantia de segurança da informação em instalações industriais de importância crítica que têm uma relação direta com a capacidade defensiva [da Rússia], e com o desenvolvimento estável das esferas económica e social”.
Ainda hoje, a imprensa italiana divulgou a ocorrência de ataques informáticos a vários ‘sites’ institucionais italianos, reivindicados pelo grupo pró-russo Killnet, que já tinha tentado perturbar o Festival da Eurovisão da Canção, realizado na semana passada em Turim.
Antes, o grupo Killnet já tinha atacado vários sites institucionais italianos como as páginas do Senado e do Ministério do Interior, que estiveram bloqueadas durante várias horas.
O coletivo pró-russo Killnet já reivindicou ataques informáticos semelhantes contra sites na Roménia, Polónia e Estados Unidos.
Também a Costa Rica está “em guerra” contra os “ciberterroristas” do grupo pró-russo Conti, que iniciaram em 17 de abril uma série de ataques que ainda afetam este país, realçou na segunda-feira o Presidente, Rodrigo Chaves.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.