Um erro judicial levou a que fosse sujeito a busca domiciliária um homem de Braga, pugilista, que agora se confirmou nada ter a ver com o caso da psicóloga suspeita de ter encomendado uma sova contra o seu ex-marido, em Braga.
As buscas visaram a psicóloga e professora com doutoramento, na Escola de Psicologia da Universidade do Minho, em Braga, um pugilista e antigo militar das forças especiais e, ainda, Vasco Lopes, também pugilista, da Urbanização das Parreas, mas que, sabe-se agora, nada tem a ver com o caso.
Ao que O MINHO apurou, o segundo agressor do engenheiro civil, da Póvoa de Varzim, é um jovem da freguesia de São Lázaro, em Braga.
Apesar de, ao contrário do verdadeiro suspeito, não ser moreno e ter tatuagens, Vasco Lopes foi confundido a partir das imagens de videovigilância de uma pastelaria, perto do local das agressões.
Processo suspenso
No entanto, “Vasquinho”, como é conhecido, foi processado por ter dentro de casa meia dúzia de munições e uma espingarda de pressão de ar.
O advogado de Vasco Lopes, João Araújo Silva, propôs a suspensão provisória do processo, mediante contrapartida a decidir.
O Ministério Público, após a busca domiciliária à pessoa errada, que deixou em estado de choque a mãe do visado, concordou com a tal medida, espécie de “pena suspensa antecipada”, o que a juíza de instrução aceitou.
À saída do Palácio da Justiça de Braga, o advogado João Araújo Silva, declarou que “o erro judicial, mesmo involuntário, causou grandes transtornos à família do [seu] cliente, em especial à sua mãe, acamada”.
Vasco Lopes, ladeado pelo seu advogado, disse a O MINHO que, “tendo todas as condições e mais uma para processar o Estado por este erro judiciário tão grosseiro, não o [fará] , só por consideração aos polícias, que se limitaram a cumprir ordens judiciais”.
Pontapeado na cabeça
Tal como O MINHO noticiou, ao final da tarde do dia 07 de setembro de 2022, em Gualtar, Braga, dois homens acercaram-se do engenheiro civil, atirando-o para o chão e pontapeando na cabeça, tendo-o classificado como “pai de merda”.
Terá sido agredido a pedido da sua ex-mulher, psicóloga e professora da Escola de Psicologia da Universidade do Minho, no Campus de Gualtar, em Braga.