Pugilista alvo de buscas por engano no caso da professora da UMinho suspeita de mandar espancar marido

Vasco Lopes, alvo de buscas por engano, e o seu advogado à saída do Tribunal de Braga. Foto: Joaquim Gomes / O MINHO

Um erro judicial levou a que fosse sujeito a busca domiciliária um homem de Braga, pugilista, que agora se confirmou nada ter a ver com o caso da psicóloga suspeita de ter encomendado uma sova contra o seu ex-marido, em Braga.

As buscas visaram a psicóloga e professora com doutoramento, na Escola de Psicologia da Universidade do Minho, em Braga, um pugilista e antigo militar das forças especiais e, ainda, Vasco Lopes, também pugilista, da Urbanização das Parreas, mas que, sabe-se agora, nada tem a ver com o caso.

Ao que O MINHO apurou, o segundo agressor do engenheiro civil, da Póvoa de Varzim, é um jovem da freguesia de São Lázaro, em Braga.

Apesar de, ao contrário do verdadeiro suspeito, não ser moreno e ter tatuagens, Vasco Lopes foi confundido a partir das imagens de videovigilância de uma pastelaria, perto do local das agressões.

Processo suspenso

No entanto, “Vasquinho”, como é conhecido, foi processado por ter dentro de casa meia dúzia de munições e uma espingarda de pressão de ar.

O advogado de Vasco Lopes, João Araújo Silva, propôs a suspensão provisória do processo, mediante contrapartida a decidir.

O Ministério Público, após a busca domiciliária à pessoa errada, que deixou em estado de choque a mãe do visado, concordou com a tal medida, espécie de “pena suspensa antecipada”, o que a juíza de instrução aceitou.

À saída do Palácio da Justiça de Braga, o advogado João Araújo Silva, declarou que “o erro judicial, mesmo involuntário, causou grandes transtornos à família do [seu] cliente, em especial à sua mãe, acamada”.

Vasco Lopes, ladeado pelo seu advogado, disse a O MINHO que, “tendo todas as condições e mais uma para processar o Estado por este erro judiciário tão grosseiro, não o [fará] , só por consideração aos polícias, que se limitaram a cumprir ordens judiciais”.

Pontapeado na cabeça

Tal como O MINHO noticiou, ao final da tarde do dia 07 de setembro de 2022, em Gualtar, Braga, dois homens acercaram-se do engenheiro civil, atirando-o para o chão e pontapeando na cabeça, tendo-o classificado como “pai de merda”.

Terá sido agredido a pedido da sua ex-mulher, psicóloga e professora da Escola de Psicologia da Universidade do Minho, no Campus de Gualtar, em Braga.

 
Total
0
Partilhas
Artigos Relacionados
x