O PSD/Braga acusou o secretário de Estado da Administração Interna de “partidarizar” a Proteção Civil ao visitar instalações daquela entidade numa iniciativa do PS, mas o visado respondeu que “apenas” aceitou o convite de “um grupo de deputados”.
Em comunicado, esta tarde, depois de tomar conhecimento que Jorge Gomes iria acompanhar os deputados à Assembleia da República do PS eleitos por Braga em várias visitas a serviços da Proteção Civil no distrito, o PSD de Braga considerou ainda inaceitável que qualquer membro do Governo “patrocine” iniciativas partidárias no exercício das suas funções governativas.
Em Fafe, à margem de uma visita ao Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro da GNR, Jorge Gomes, confrontado com as acusações dos sociais-democratas bracarenses, explicou que não foi convidado por “nenhum partido” mas sim por uma “grupo de deputados à Assembleia da República”.
“Ao integrar como governante estas iniciativas, ao lado de deputados de um único partido e que se assumem também como organizadores, o secretário de Estado da Administração Interna está a procurar partidarizar os bombeiros e as demais associações e instituições da Proteção Civil convidadas”, acusou o PSD.
Segundo os sociais-democratas, “é inaceitável que um Secretário de Estado ou qualquer outro membro do governo patrocine eventos partidários no exercício das suas funções de Estado”.
Por isso, reforçou o PSD, “objetivamente, o secretário de Estado da Administração Interna está a violar as regras de um Estado de Direito e o regular funcionamento das instituições e da democracia”, agindo numa atitude de “abuso de poder e tentativa de tráfico de influências a favor dos interesses do Partido Socialista”.
Jorge Gomes refutou as acusações do PSD: “Eu não fui convidado por nenhum partido. Ao gabinete da Administração Interna chegou um convite para acompanhar uma visita de deputados da Assembleia da República às instalações da Proteção Civil. O Governo só tem que dizer que sim ou que não”, apontou.
“Estou disponível para todo e qualquer grupo de deputados. Não podemos estar a separar as águas de deputados. Temos 250 deputados e respondemos perante 250 deputados”, explanou.
No mesmo sentido, o coordenador dos deputados socialistas eleitos pelo distrito de Braga, Joaquim Barreto afirmou que “não se tratou do favorecimento de qualquer grupo parlamentar” porque, disse, “qualquer grupo parlamentar tem o direito de questionar o Governo e solicitar” que acompanhe os seus deputados.
“Se alguém faz outra avaliação, é sinal de que deviam era estar preocupados até em juntar-se a nós”, finalizou Joaquim Barreto.
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