O líder do PSD de Barcelos, José Novais, acusou esta sexta-feira a câmara local (PS) de “crime de lesa-património”, por manter fechado o jardim-de-infância de Macieira de Rates, que está construído há seis anos e custou meio milhão de euros.
“É um crime de lesa-património e os responsáveis por ele deveriam ser severamente punidos”, disse José Novais.
Para o dirigente social-democrata, na origem desta situação estarão, “apenas e só, mesquinhas questões políticas”.
A Câmara de Barcelos refere que aquele equipamento foi construído numa “zona alagada” e no interior de um campo de milho, “rodeada de propriedades privadas e sem qualquer acessibilidade”.
Sublinha que “nunca foi necessário” construir aquele jardim- de-infância, “uma vez que as necessidades da população a este nível já estavam asseguradas com uma valência semelhante na Cruz Vermelha de Macieira de Rates, integrada na rede escolar do concelho de Barcelos”.
“A Câmara Municipal tem vindo a estudar algumas soluções para aquela estrutura, mas não tem sido fácil devido aos custos elevados necessários para a construção das acessibilidades”, acrescenta o município.
Para José Novais, o argumento dos elevados custos das acessibilidades “não passa de uma desculpa esfarrapada”.
“Estamos a falar de 100 metros de caminho, que se constroem com uns quaisquer 20 a 25 mil euros”, referiu.
Acrescentou que o jardim-de-infância que existe na freguesia “não é público”, com o que “isso significa de custos acrescidos para as famílias”.
“O que isto revela é uma enorme insensibilidade social por parte da Câmara”, afirmou Novais.
Questionou ainda por que é que na freguesia de Barqueiros abriu um novo jardim-de-infância, quando também já lá havia um gerido por uma instituição.
“A resposta só pode ser uma: em Barqueiros, a Junta é do PS”, disse José Novais.
Segundo o líder do PSD/Barcelos, o jardim-de-infância que está construído há seis anos em Macieira custou cerca de meio milhão de euros, entre terreno, obras e equipamento.
“Mete dó ver uma infraestrutura daquela qualidade, e tão necessária para a freguesia, a degradar-se de dia para dia”, criticou.
A Câmara refere que a Cruz Vermelha de Macieira de Rates “mostrou interesse em ficar com o imóvel, mas para outro fim que não o jardim-de-infância, e em analisar a questão das acessibilidades”.
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