O presidente do PSD e recandidato ao cargo, Rui Rio, disse esperar que a campanha interna para a liderança do partido decorra “com respeito mútuo, sem vigarices”, em que no fim “um ganha e dois perdem”.
No final da reunião da bancada parlamentar do PSD, que também lidera desde quarta-feira, Rio foi questionado se espera que a apresentação formal da candidatura de Luís Montenegro, no domingo, aumente a dinâmica da campanha interna.
“A partir do Conselho Nacional [de sexta-feira], faz sentido que cada um dos candidatos a líder aperte um bocado mais a sua atividade. Espero que haja respeito mútuo, que não haja as tais vigarices de que falam, que seja tudo claro e depois um ganha e dois perdem”, resumiu.
Sobre a sua própria campanha, Rio assegurou que irá separar a sua atividade enquanto presidente e líder parlamentar da de candidato.
“Tenho mais dificuldade em fazer [campanha] do que os outros, que estão mais livres, mas é da natureza das funções, não me posso queixar disso”, afirmou.
No Conselho Nacional de sexta-feira, em Bragança, Rio irá falar como presidente do partido e abordará os resultados das últimas eleições legislativas, em que o partido obteve 27,7% dos votos e 79 deputados (menos dez do que na anterior legislatura).
“É absolutamente impossível no primeiro Conselho Nacional depois das eleições a intervenção do presidente não abordar os resultados das legislativas”, afirmou.
Na sexta-feira, o Conselho Nacional do PSD irá fazer uma análise da situação política, marcar as eleições diretas do presidente do partido e o 38.º Congresso e aprovar os respetivos regulamentos.
A secretaria-geral propõe que as diretas se realizem em 11 de janeiro, com uma eventual segunda volta uma semana depois, e o congresso entre 07 e 09 de fevereiro, em Viana do Castelo.
Até agora, assumiram-se como candidatos à liderança do PSD o presidente Rui Rio, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais Miguel Pinto Luz.