Os vereadores do PSD na Câmara de Viana do Castelo exigiram hoje ao presidente uma retratação pública face ao “insulto” à vereadora Helena Marques e “às acusações infundadas” que lançou a toda a bancada social-democrata.
No voto de protesto que entregaram hoje no período antes da ordem do dia da reunião camarária, os três vereadores do PSD afirmam que “caso o presidente não dê este passo, para clarificar a sua atuação na última reunião, os vereadores declaram desde já, permanecer nesta reunião sob protesto”, o que não veio a acontecer face à ausência de José Maria Costa.
Os trabalhos da reunião foram conduzidos pelo vice-presidente, Vítor Lemos, que explicou que o presidente se encontra doente e que responderá na próxima reunião do executivo.
Até ao momento não foi possível obter um comentário de José Maria Costa.
Na última reunião camarária, realizada no passado dia 07, presidida pelo autarca socialista, os vereadores do PSD abandonaram os trabalhos em protesto contra as acusações feitas por José Maria Costa sobre a autoria de uma queixa arquivada pelo Ministério Público (MP).
“Aconteceu mais uma situação lamentável de um presidente de Câmara desnorteado que ofendeu a vereadora Helena Marques, acusando-a de ser mentirosa. É um presidente de Câmara que demonstra insegurança, incapacidade, impreparação”, afirmou na altura aos jornalistas o líder da bancada do PSD, Eduardo Teixeira.
No voto de protesto lido hoje pela vereadora Helena Marques, e registado em ata, a bancada do PSD criticou o facto de, “ao longo do mandato autárquico, ser alvo de sucessivos e constantes ataques, levados a cabo por José Maria Costa”.
“Desde insultos e ofensas graves a acusações infundadas e até mesmo ridículas, os vereadores têm sido alvo de uma perseguição que ultrapassa e muito as divergências políticas”, sustentam.
Os três vereadores adiantaram que “têm tido posturas corretas, discussões acesas mas nunca, até à data de hoje, utilizaram insultos e desrespeito como armas de arremesso político”.
“A única pessoa que faz da sua atuação uma barricada de ataque é o engenheiro José Maria Costa, tornando cada reunião num ambiente de guerra, atacando para não ser atacado, destratando para ser desrespeitado”, sustentam.
Garantem que “não se revêm na falta de educação, na falta de espírito democrático, nem tão pouco na linguagem utilizada para criar narrativas”, garantindo que “nunca serão vistas, aliás como nunca se viram até agora, faltas de respeito, linguagem pouco própria, ou atitudes ditatoriais, para defender as nossas ideias”.
“Se o objetivo do senhor presidente é fazer com que ajamos como ele, jamais o vai atingir. Continuaremos serenamente a defender o espírito democrático e o livre debate de ideias e, respeitaremos solenemente, a figura institucional do presidente de câmara”, dizem os vereadores na declaração de protesto.