O PSD de Viana do Castelo exigiu a recuperação e a abertura ao público, antes do final do ano, do parque ecológico urbano da cidade, “sob pena da sua degradação ser irreversível”.
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Em comunicado enviado à comunicação social, a Comissão Política Concelhia do PSD adianta que, através dos vereadores na Câmara Municipal, irá apresentar uma proposta à maioria socialista “por forma a agilizar o processo e criar em Viana do Castelo mais um pólo de atratividade e de qualidade de vida, que os vianenses não merecem que lhes esteja vedado”.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal, José Maria Costa, escusou-se a prestar declarações sobre o assunto.
Situado junto ao rio Lima, na zona da caldeira de marés das antigas Azenhas Dom Prior, aquele parque é uma das obras emblemáticas do Programa Polis, que investiu dois milhões de euros na recuperação daquela área.
O parque ecológico urbano tem 23 hectares, tendo aberto ao público em finais de Março de 2008.
Desde então que recebe apenas visitas guiadas, segundo a autarquia, para proteção das mais de mil novas árvores plantadas e para o regresso progressivo da avifauna.
Apesar das limitações de acesso, a autarquia sempre garantiu que a estrutura está “a cumprir as suas funções pedagógicas e de sensibilização e educação ambiental”, com “mais de 40 mil visitantes por ano”, sobretudo alunos das escolas da região.
Anteriormente, o autarca socialista afirmou que a abertura em permanência deste espaço “está fora de questão”, por se tratar de uma estrutura que “não pode receber um número avultado de visitas por dia”.
Na ocasião, José Maria Costa disse que “alguns estudos académicos explicam até que os parques ecológicos não devem ter uma sobrecarga de visitas para ajudar a preservar as espécies”.
“O funcionamento do parque será mantido sempre com um regime de entradas controlado, para que não se estrague aquilo que é um património de todos”, sustentou na altura.
O PSD veio hoje denunciar “a acelerada degradação dos vários equipamentos e infraestruturas desenhados para acolher os visitantes, nomeadamente dos equipamentos do circuito de manutenção, o edifício destinado à restauração, com necessidade de extensiva recuperação e o parque infantil, que, nesta fase, se encontra em completo incumprimento legal”.
Para a concelhia social-democrata, “mesmo as áreas que estão a ser cuidadas poderiam e deveriam ser melhor aproveitadas, como, por exemplo, as hortas comunitárias, completamente aquém do seu potencial”.
“Urge recuperar os equipamentos do parque, sob pena de a sua degradação ser irreversível. Entendemos ser possível esta realização no mais curto espaço de tempo, pelo que exigimos a abertura do Parque Ecológico antes do final do ano”, sustentam os social-democratas.
Em Junho de 2009, o parque, cujo projeto é da autoria da arquiteta Ana Barroco, recebeu o primeiro prémio nacional de arquitetura paisagística, atribuído pelo jornal «Arquiteturas».
Em 2011 recebeu uma menção honrosa na categoria de Melhor Serviço de Extensão Cultural dos Prémios APOM 2011, atribuídos pela Associação Portuguesa de Museologia.