O PSD de Braga “repudia” as declarações do candidato do PS à Câmara, António Braga, e do líder dos socialistas, Pedro Nuno Santos, proferidas na apresentação dos cabeças de lista do distrito.
Para o líder da concelhia, João Granja, as declarações daqueles dois socialistas “demonstram um total desconhecimento da realidade de uma cidade dinâmica e inovadora como Braga é em 2025”.
“Enquanto António Braga apresenta ideias desatualizadas, Pedro Nuno Santos ignora os avanços de Braga durante a última década, reforçando que o Partido Socialista não compreende as necessidades e ambições dos bracarenses”, afirma.
Em comunicado, o PSD de Braga defende que “costuma dizer-se que não há segunda oportunidade para causar uma boa impressão e António Braga, candidato socialista à liderança do Município de Braga, fracassou redondamente na primeira vez que falou enquanto tal”.
“António Braga retorna, assim, após uma longa ausência, ao debate político com propostas obsoletas e sem alternativas concretas. Ignora que Braga foi recentemente reconhecida pela Comissão Europeia e pelo Conselho de Inovação Europeu como a cidade em ascensão mais inovadora da Europa, evidência clara do progresso alcançado sob a liderança atual. Em vez de apresentar soluções para os novos desafios da cidade, António Braga insiste em ideias ultrapassadas, distantes das exigências de uma cidade moderna”, critica.
Já em relação a Pedro Nuno Santos, o PSD local afirma que, enquanto Ministro das Infraestruturas, “falhou com o país, mas sobretudo falhou com Braga”.
“Prometeu o Nó de Infias, obra crucial para a mobilidade do nosso concelho, mas não cumpriu. Além disso, propôs transformar o Edifício das Convertidas em habitação acessível, ignorando o valor cultural e patrimonial do local e o pedido da Câmara para permutar o mesmo pelo Museu dos Biscainhos”, salienta João Granja.
“Pedro Nuno critica Braga por suposta falta de inovação, desconsiderando os reconhecimentos internacionais que a cidade alcançou, como revela o reconhecimento como cidade em ascensão mais inovadora da Europa, distinção que valeu aos cofres do município o prémio de 500 mil euros”, refere.
João Granja defende que “António Braga e o PS desviam responsabilidades do Governo central para a Câmara Municipal, como no caso da crise migratória, enquanto ignoram as suas próprias falhas, como o fim do SEF e o caos na legalização de imigrantes”.
“É evidente que António Braga não compreende a cidade de hoje, preferindo olhar para o passado em vez de oferecer uma visão de futuro. Na primeira intervenção como candidato, António Braga confirmou o que já estava à vista de todos, que está afastado e ausente do nosso concelho há mais de uma década”, pode ler-se.
E conclui: “Braga precisa de uma liderança que entenda os desafios e oportunidades do presente, e não de candidatos presos a uma cidade que já não existe. O PSD de Braga continuará a trabalhar para construir um futuro sustentável e inovador para todos os bracarenses”.
Como O MINHO noticiou, António Braga manifestou vontade de criar uma Área Metropolitana de Braga, à semelhança das já existentes com Porto e Lisboa, de forma a aumentar a voz de reivindicação junto do poder central.
O histórico socialista teceu ainda várias críticas ao projeto do BRT (metrobus), afirmando mesmo que caso seja eleito, poderá suspender o processo, caso ainda vá a tempo.
Já Pedro Nuno Santos disse que “Braga está parada no trânsito, sem casas e sem creches”, porque “o PSD não resolveu”.
