O PSD de Guimarães reclamou hoje o compromisso do Governo para a realização de obras urgentes no Paço dos Duques e no Castelo de Guimarães, manifestando a sua oposição à decisão de o Estado manter a gestão destes espaços.
“O PSD de Guimarães está contra e condena a decisão de reorganização da Direção-Geral do Património (DGCP), recentemente anunciada pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, relativa aos monumentos de Guimarães que antes eram tutelados pela Direção Geral da Cultura do Norte e que agora passam para a nova empresa pública Museus e Monumentos de Portugal”, refere a concelhia do PSD, em comunicado.
Para o presidente da Comissão Política da concelhia do PSD de Guimarães, citado no comunicado, com esta decisão, o “Governo fez Guimarães dar passos atrás nas suas legítimas pretensões de gerir o Castelo, o Paço dos Duques e o Museu Alberto Sampaio”.
Ricardo Araújo, que é também vereador na câmara, eleito pela coligação Juntos Por Guimarães (PSD/CDS-PP), exige que o Governo assuma o compromisso de realizar “obras de reabilitação e requalificação urgentes no Paço dos Duques e [no] Castelo de Guimarães”.
“Se o Estado quer continuar a centralizar essas competências tem também de assumir esses urgentes e necessários investimentos de valorização patrimonial e histórica”, defende o líder da secção concelhia do PSD de Guimarães.
Ricardo Araújo condena a “centralidade na gestão dos monumentos”, sublinhando que a decisão da tutela significa “concentrar os museus e monumentos nacionais sob uma lógica empresarial e centralizada”.
“Com esta decisão, o Governo pretende claramente fazer e centralizar em Lisboa a gestão destes monumentos e equipamentos, através de entidades e organismos que estão sob a tutela direta do Ministério da Cultura. Mas, se o Governo quer manter a gestão deste património na sua alçada, então tem de assumir, com urgência, o compromisso da realização das intervenções de requalificação nestes equipamentos”, reclama o social-democrata.
Ricardo Araújo “incentivou a gestão municipal socialista”, liderada por Domingos Bragança, “a afirmar a sua voz reivindicativa daquela legítima e justa pretensão junto do Governo e exigir rapidamente um compromisso do poder central” para a realização das obras, há anos reclamadas.
“A gestão, manutenção e programação dos nossos equipamentos patrimoniais e culturais são da maior relevância para Guimarães. Este é um setor fundamental para a afirmação de Guimarães e a sua boa gestão, manutenção, valorização e programação destes equipamentos são primordiais e indispensáveis. Por isso, é de capital importância que a autarquia reivindique do Governo este compromisso de investimento no nosso património e riqueza histórica”, apelou o presidente da concelhia.
Ricardo Araújo realizou hoje também uma conferência de imprensa para fazer o balanço do seu primeiro ano à frente da concelhia.
Em declarações à agência Lusa, o social-democrata destacou a “organização, a união e a ambição” como pilares da sua liderança, sublinhando que o partido e ele próprio estão a trabalhar para vencer as eleições autárquicas de 2025, pondo assim “fim a um ciclo de três décadas” de executivos liderados pelo PS.