O PSD acusou a Câmara de Barcelos tomar “decisões minimalistas” e “tardias” na gestão da pandemia covid-19. O presidente do município responde que “a oposição gostava era que houvesse problemas”.
Em videoconferência, na segunda-feira, o PSD local, presidente por José Novais, defendeu ter contribuido “para o superior interesse dos barcelenses, logo na reunião [da câmara] de 6 de março”, na qual “colocou perguntas e até recebeu algum desdém e respostas imprudentes”, tendo de seguida apresentado “56 sugestões e propostas de ajuda, para atenuar os efeitos da pandemia na economia dos barcelenses”.
Entendem, no entanto, os sociais-democrastas que “o executivo não foi expedito em aproveitar os contributos de colaboração do PSD e suas propostas” e que as medidas da Câmara foram tomadas “em reação e nunca por opção estratégica”, dando vários exemplos como o covid-drive ou a reabertura da feira semanal.
O PSD denunciou, ainda, “a falta de apoio e orientação da Câmara às Juntas, às empresas, escolas, instituições, IPSS”.
O presidente da Câmara considera que “a oposição gostava que houvesse problemas” na gestão da pandemia. “Mas não os há, porque temos agido dentro do que é a função do município. Dizem que não se faz nada, mas se não se fizesse nada não teríamos 433 infetados, teríamos muitos mais. O que incomoda a oposição é que as coisas estão a ser feitas”.
Miguel Costa Gomes afirma, ainda, que “a oposição não gostou que a feira [que rebariu na passada quinta-feira] tivesse corrido bem”, garantindo que, “até agora, nada ficou por fazer”.
“Sempre que a Câmara foi solicitada por qualquer entidade ou instituição, correspondemos em tudo”, remata.
De acordo com o presidente da Câmara de Barcelos, o concelho regista 433 casos de covid-19, mais 154 do que os reportados no boletim de hoje da Direção-Geral da Saúde (279).
Portugal regista hoje 1.163 mortes relacionadas com a covid-19, mais 19 do que na segunda-feira, e 27.913 infetados, mais 234.