O PSD de Caminha acusou esta quinta-feira a maioria socialista na Câmara de aprovar um Plano de Atividades e Orçamento (PAO) para 2016 que “prevê 700 mil euros para a cultura, e somente 80 mil para apoio às famílias”.
Os social democratas acusam o executivo liderado pelo socialista Miguel Alves de “um acréscimo brutal nas rendas sociais que sofrerão um aumento, segundo o orçamento apresentado, de cerca de 1000%”.
“Será possível ser este o apoio que as famílias carenciadas têm deste executivo? Continuam a preferir gastar dinheiro com festinhas do que com as famílias, educação e instituições do nosso concelho. Está tudo dito”, lê-se naquela nota.
O orçamento do município de Caminha para 2015, aprovado na quarta-feira com os votos contra dos três vereadores do PSD, é de quase 20 milhões de euros, “menos 1,5 milhões de euros do que no ano passado, devido à redução da despesa”.
Na altura, o presidente da Câmara, Miguel Alves afirmou que o PAO para 2016, representa “um esforço tremendo da Câmara para não resolver o problema de desequilíbrio das contas municipais através do aumento de impostos”.
Os vereadores do PSD justificaram a rejeição do orçamento por “traduzir uma política despesista, apostando a fatia maior do orçamento na cultura e desvalorizando as famílias e as instituições do nosso concelho”.
O orçamento prevê entre Cultura e Desporto um valor de cerca de um milhão de euros, para a Educação apenas 80 mil euros, e para Apoio às Famílias apenas 80 mil euros. Conseguimos ver assim quais são as prioridades deste executivo e que certamente, não passam pelo apoio às famílias nem na educação das nossas crianças”, sustentam os vereadores do PSD.
Já para o autarca socialista líder da Câmara, “é um orçamento muito exigente que prevê uma diminuição de despesa de 1,5 milhões de euros relativamente a 2015, e superior a três milhões de euros relativamente à média dos últimos cinco anos”.
Apesar da redução da despesa, Miguel Alves afirmou que a autarquia “não deixará de investir nas competências fundamentais do município”, apontando como exemplos, a Educação, a reabilitação urbana, a cultura, e o saneamento básico, entre outras.