O PSD de Braga foi recebido, ontem, no Paço, pelo Arcebispo D. Jorge Ortiga. Uma visita de cortesia para apresentação da nova Comissão Política, mas que terá servido para ajudar a normalizar as relações institucionais, que têm sido toldadas por alguns litígios, mormente o que opôs a Câmara à Arquidiocese em Tribunal por causa da posse do Parque da Ponte.
Outras querelas, como a da recusa de autorização de estacionamento no Rossio da Sé em dias de missa, pedida pelo Cabido, mas recusada pela autarquia, têm complicado as relações entre as duas instituições.
O presidente da secção local do PSD, João Granja escusa-se a comentar os litígios, dizendo apenas a O MINHO que manifestou, ontem, a D. Jorge Ortiga, “o reconhecimento e agradecimento dos bracarenses pelo importante papel que a igreja e as diversas instituições a si ligadas têm desempenhado durante a pandemia da covid-19”.
Os social-democratas partilham as preocupações do prelado “quanto aos impactos sociais e sequelas que se verificaram na comunidade, e realçam que tem sido fundamental a conjugação de esforços para ultrapassar dificuldades”.
Além de João Granja, presidente da Comissão Política, a delegação integrou o vice-presidente Rui Morais, o secretário João Correia e pela tesoureira, Sandra Cerqueira.
João Granja contou a O MINHO que “manifestou, de novo, o regozijo do partido – que expressa o sentir da cidade – pela consagração do Bom Jesus como Património Mundial da Humanidade, um ato que considera ser de “total justiça e que se reveste de um impacto extremamente positivo a vários níveis na região e no país”.
O dirigente partidário salientou que o encontro, que só agora se realizou devido aos constrangimentos impostos pela pandemia, serviu, ainda, o propósito de, numa relação de cooperação institucional, debater várias matérias sobre a situação local atual, entre as quais se realça o impacto positivo das ações da Igreja sentidas na vida dos bracarenses.
“Disse ao Arcebispo que considerámos inestimável e imprescindível o trabalho desenvolvido pela Igreja e pelo Arcebispado no passado, no presente e no futuro da cidade, no concelho e no país”, assinalou.
Na conversa, a delegação relevou “o alto valor que o labor da Arquidiocese representa para a cultura, para o turismo, nomeadamente pelo seu património único, rico e diversificado, que orgulhosamente leva a que sejamos conhecidos como a Roma portuguesa”.
Na ocasião – acrescentou – realçou o investimento que o município está a efetuar na recuperação, preservação e valorização das Sete Fontes, um complexo único e um dos primeiros do género no país e na Europa, que foi mandado erigir por um distinto Arcebispo de Braga.
Por último, o PSD exprimiu, ainda, o seu reconhecimento público pelo importante papel, verdadeiramente singular, que D. Jorge Ortiga tem desempenhado ao longo de várias décadas de serviço à instituição, à região e ao país, em particular nos muitos anos que já leva no seu marcante arcebispado”.