PSD acusa Governo de estar “de costas viradas” para o distrito de Braga

Foto: PSD / Arquivo

O PSD acusou hoje o Governo de estar “de costas viradas para o distrito de Braga”, considerando que, apesar dos dois dias que todos os ministros ali passaram, “não anunciou nenhum investimento relevante” para aquela região.

Em comunicado, o vice-presidente da nacional do PSD e presidente da Distrital de Braga, Paulo Cunha, refere que a iniciativa “Governo + Próximo”, que decorreu entre quarta-feira e hoje em Braga e que culminou com um Conselho de Ministros, foi “mais de campanha eleitoral de que governativa”.

“Afinal, o ‘Governo + Próximo’ tornou-se, como infelizmente era expectável, rapidamente num Governo cada vez mais afastado dos cidadãos”, lamentou Paulo Cunha.

Na terça-feira, Paulo Cunha tinha elencado uma série de necessidades de urgente satisfação para a população do distrito de Braga, aproveitando o novo quadro comunitário e o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Percebo que António Costa tinha de fugir de Lisboa para tentar fazer esquecer a crise que paira sobre o seu Governo. Mas falhou. O distrito de Braga não serve de abrigo aos que procuram um refúgio para as infantilidades a que temos assistido e António Costa só veio a Braga para maquilhar que tudo está bem em São Bento”, referiu.

Sublinhando que “toda aquela caravana governativa “ficou, cara ao erário público”, Paulo Cunha acrescentou que os dois dias de Governo em Braga se resumiram a “almoços, inaugurações, passeios, visitas a exposições e palestras individualizadas”.

“O que anunciou António Costa para o distrito de Braga sobre uma série de investimentos e de obras necessárias, em áreas como a saúde, o ambiente, a educação, a segurança, a cultura, a área social, a descentralização e as acessibilidades? Nada”, refere.

Paulo Cunha fala, desde logo, no caso do Hospital de Braga, que o ministro da Saúde visitou “sem, contudo, justificar que, devido à falta de condições a todos os níveis, esta unidade de saúde foi obrigada a pagar recentemente mais de 14 milhões de euros aos privados e à Santa Casa da Misericórdia” para a realização de cirurgias.

Aponta ainda o facto de o Governo não ter levado novidades sobre o novo Hospital de Barcelos ou as intervenções nas unidades hospitalares de Guimarães, Famalicão ou Fafe, “há muito reclamadas”.

Nas acessibilidades, Paulo Cunha diz que “nada foi referido quanto à urgente e necessária intervenção nos concelhos de Vizela e Celorico de Basto, por exemplo, que reivindicam, há muito, ligações à A11 e A7, respetivamente, para além da variante do Cávado e a EN101.

“Recordo que o Governo tem feito orelhas moucas às justíssimas reivindicações dos autarcas e dos cidadãos pela conclusão das circulares urbanas de Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Barcelos e ainda pelos seis quilómetros que faltam para concluir a variante do Tâmega que serve Celorico e Cabeceiras de Basto“, alerta Paulo Cunha.

Para o dirigente social-democrata, António Costa “aproveitou-se de Braga, para se refugiar e aos seus governantes da crise Galamba, de Lisboa, já que o PRR foi uma desculpa para esta deslocação ao Minho, uma vez que nada disse à população do distrito de Braga sobre investimentos, que tanto aspiram, na área da Educação, Ambiente, Cultura, Segurança, Ação Social ou mesmo sobre a Descentralização”.

 
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