PS/Barcelos defende eleições intercalares para a Câmara, autarca rejeita

O grupo parlamentar do PS na Assembleia Municipal de Barcelos defendeu, na quinta-feira, a realização de eleições intercalares para a Câmara, apelando à renúncia de todos os eleitos socialistas.

“É a solução ideal do ponto de vista democrático e a forma de resolver em 60 dias a crise que, de outra forma, se arrastará por 16 ou 17 meses”, referiu o deputado socialista João Lourenço.

Em causa está a cisão no seio da maioria socialista na Câmara de Barcelos, depois de o presidente, Costa Gomes, ter retirado os pelouros ao vereador Domingos Pereira, líder da Concelhia do PS.

Nesse mesmo dia, outros três vereadores do PS renunciaram aos pelouros que detinham, em solidariedade com Domingos Pereira.

Em funções executivas ficaram apenas Costa Gomes e a vereadora Armandina Saleiro, entretanto promovida a vice-presidente.

Para João Lourenço, que falava na Assembleia Municipal em nome do PS, a partir daquela decisão de Costa Gomes “vive-se uma crise muito difícil” no município e a situação “continuará a degradar-se” se se mantiver o atual “status quo”.

Na resposta, em declarações aos jornalistas, Costa Gomes disse que “não faz sentido absolutamente nenhum” convocar eleições intercalares a ano e meio do fim do mandato.

O autarca afirmou mesmo que a direção nacional do PS se manifestou “claramente contra” eleições intercalares.

“O PS tem de fazer o que eu pedi”, disse Costa Gomes, repetindo o apelo para que os quatro vereadores sem pelouros renunciem ao cargo e deixem entrar no executivo outros elementos que estão a seguir na lista.

Assembleia Municipal de Barcelos chumba moção de censura ao executivo PS

A Assembleia Municipal de Barcelos chumbou, esta quinta-feira, por larga maioria, uma moção de censura ao executivo camarário do PS, apresentada pelo Bloco de Esquerda, por causa da “crise” que se vive no seio da maioria socialista.

A moção contou com 77 votos contra, essencialmente da bancada socialista, e com 21 abstenções, sobretudo do PSD.

Os votos a favor não chegaram a ser contados.

 

Na moção de censura, apresentada esta quinta-feira, o Bloco de Esquerda diz que se trata de um executivo “autodemolido”, fruto de “jogos fraticidas de poder”, com jogadas “de ataque e contra-ataque”.

O Bloco acrescenta que a “ingovernabilidade” da câmara “é uma evidência” e defende que é necessário “o estancamento rápido” do que considera uma “vergonha nacional”.

“Por mais que as forças políticas se remetam a um silêncio taticista, é a vida das pessoas, é o futuro do concelho, é o normal funcionamento da autarquia que está posto em causa”, referem ainda os bloquistas.

Alertam que, se esta situação se arrastar, o próximo executivo apenas terá para governar “os escombros de um concelho”.

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