A Comissão Política do PS de Vizela aprovou por unanimidade um voto de louvor ao trabalho desenvolvido por Dinis Costa, líder da Concelhia e presidente da Câmara, que tem sido contestado por ex-membros daquele órgão partidário.
“O ponto alto da sessão verificou-se no momento da apresentação de um voto de louvor a Dinis Costa, proposto por um militante de base, ao trabalho desenvolvido e de apoio e força para as eleições autárquicas de 2017, aprovado por unanimidade e aclamação”, lê-se num comunicado do PS, enviado hoje.
A votação, realizada na quarta-feira à noite, ocorreu poucas horas depois de um grupo de 15 membros da Comissão Política, incluindo vários autarcas locais, terem apresentado, em conjunto, a demissão dos cargos que desempenhavam no partido, com críticas à “trajetória política” do atual presidente.
Em concreto, contestam a recandidatura de Dinis Costa à presidência da Câmara, alegando que o autarca prometera, em 2013, que seria o seu último mandato.
No entanto, no comunicado enviado hoje pela estrutura socialista, defende-se que a demissão dos 15 dirigentes, anunciada na quarta-feira à tarde, foi “uma “tentativa de inviabilizar a referida reunião [da Comissão Política] e criar conflitos internos”.
“As demissões verificadas em cima da hora em nada afetaram o normal desenrolar dos trabalhos da Comissão Política Concelhia. A tentativa de boicotar a ação democrática do PS Vizela e o cumprimento dos Estatutos mais uma vez saiu derrotada”, pode ler-se ainda no comunicado.
Segundo a liderança do PS de Vizela, “foi com grande regozijo, dinamismo e celeridade que as substituições foram efetuadas na própria sessão, tendo uma vez mais a democracia funcionado em pleno”.
No final de maio, o ex-vice-presidente da Câmara de Vizela, Vítor Hugo Salgado, anunciou publicamente que será candidato à liderança da autarquia em 2017, um processo que disse ser irreversível, com ou sem o apoio do PS local.
Vítor Hugo Salgado foi o número dois do executivo de maioria PS liderado por Dinis Costa. Os dois foram adversários numa recente disputa interna (comissão política) para a escolha do cabeça-de-lista nas próximas autárquicas, numa eleição que foi favorável ao presidente da autarquia.
Após aquele embate, o presidente da Câmara retirou os pelouros, a confiança política e o regime de permanência ao até então vice-presidente do Município de Vizela e responsável pela gestão financeira da autarquia.
Confrontado, na quarta-feira, com a demissão dos 15 dirigentes, o presidente da Concelhia dissenão ter constituído “qualquer surpresa” aquela decisão, que considerou “coerente”.
Dinis Costa recordou que aqueles dirigentes discordam há muito da estratégia do Partido Socialista e que, por isso, o pedido de demissão até é “tardio”.
Questionado sobre se mantém a intenção de se candidatar a mais um mandato na presidência da Câmara de Vizela, respondeu que está “legitimado” pelo partido para o fazer.
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