O Partido Socialista respondeu esta sexta-feira à coligação “Juntos Por Braga” (PSD/CDS/PPM), que na quinta-feira reagiu com ironia ao alerta dos socialistas acerca da sua sede de campanha.
Em comunicado, a candidatura liderada por Miguel Corais começa por dizer que “não compreende a posição precipitada, arrogante e destituída de elevação politica e democrática, com que o actual presidente do executivo e candidato pela coligação “Juntos por Braga” abordou o alerta do PS quanto ao risco de derrocada da sua sede de campanha”.
“A atitude irreflectida de Ricardo Rio, que privilegia mais o combate eleitoral do que a segurança dos seus militantes e apoiantes, impede-o de efectuar uma análise ponderada dos riscos”, atira.
Após tomar conhecimento do alerta dos socialistas, a coligação liderada pelo atual autarca reagiu, também em comunicado, alertando para o “risco de derrocada do PS”.
“Independentemente das posições públicas que o candidato e a coligação que o apoia possam tomar, o PS sente-se moralmente obrigado, enquanto partido responsável e o mais importante do concelho de Braga, a zelar pela integridade de todos os bracarenses, sem olhar a filiações ou militâncias”, dizem os socialistas.
“O Auto de Vistoria a que o candidato pela coligação “Juntos por Braga” se refere, lavrado a 18 de Maio de 2012, reitera as considerações técnicas efectuadas no auto anterior de 30 de Novembro de 2011, reforçando a ideia que o edifício situado no nº 1 da Praça da República encontra-se de uma forma geral em “mau estado de conservação”, não garantindo condições satisfatórias de segurança para pessoas e bens”, sustentam.
“Apesar do mesmo auto ressalvar a existência de condições mínimas de utilização para o rés-do-chão, depois de realizadas as obras de reparação e consolidação de uma fenda por parte dos proprietários, não deixa de ser legítimo considerar que o estado de conservação já de si em ruina se tenha deteriorado com o tempo, bem como os materiais que compõem os pavimentos e a própria estrutura”, explicam.
De acordo com o mesmo parecer a “estrutura dos pavimentos existentes nos pisos superiores e escada de serviço não garantem as condições satisfatórias de segurança para pessoas e bens, considerando-se que se encontram irremediavelmente deteriorados, sendo para isso necessário a desocupação dos inquilinos do rés-do-chão deste imóvel”, cita o PS.
“Os proprietários requereram em 2012 a suspensão do processo de licenciamento relativo à reconstrução e ampliação do imóvel, invocando o atraso da sentença referente à acção de despejo, que teve por base o Auto de Vistoria de 2012. A notificação dos serviços jurídicos datada de 5 de Novembro de 2012 é clara quanto ao estado geral do edifício e à necessidade urgente de obras de reconstrução”, recorda.
“Não havendo até à data conhecimento, indícios ou vestígios da realização das obras gerais, como se encontra aliás recomendado em ambos os autos de vistoria (2011 e 2012), ao qual se soma o facto dos arrendatários do rés-do-chão terem sido alvo de acção de despejo justificada com a necessidade dessa intervenção, o PS considera que possamos estar perante uma situação de risco iminente, que coloque em causa a integridade física dos utilizadores do espaço”, continua.
O Partido Socialista reitera assim o seu alerta para o risco de derrocada da sede da candidatura “Juntos por Braga”, ao qual acrescenta uma nota técnica de um especialista na área da engenharia civil, que corrobora a presente situação e onde se lê:
“Após uma vistoria inicial onde foram detectadas patologias estruturais muito graves, nomeadamente uma fenda vertical de comprimento e abertura significativas, que poderia causar o colapso iminente da estrutura, foi realizada uma intervenção mitigadora do risco iminente de colapso que passou pelo refechamento da referida fenda.
Posto isto há uma segunda vistoria que detecta esta intervenção ao mesmo tempo que salienta outras patologias ao nível dos pavimentos, madeiramento geral, fachada, cobertura e ligações piso-fachada que carecem de uma intervenção imediata e que de acordo com o relatório pericial «obras gerais de reconstrução deste edifício”.
PS apresenta documentos
No comunicado enviado às redacções, a candidatura do Partido Socialista junta um conjunto de documentos para sustentar o alerta lançado.