O PS perdeu para a AD em quatro dos oito distritos onde tinha vencido nas eleições legislativas de 2024 e ficou atrás do Chega noutros três, mantendo a liderança apenas em Évora.
Há um ano, o PS foi o partido mais votado em oito dos 20 círculos do território nacional, mas com um dos piores resultados eleitorais nas legislativas de domingo, sobrou apenas um bastião socialista: Évora.
De acordo com os resultados provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, em Évora, o PS manteve o deputado eleito em 2024 e, apesar de ter conquistado menos votos, continuou na liderança com 27,81%, seguido da AD e Chega, que elegeram ambos um deputado.
Entre os restantes distritos que tinha conquistado nas legislativas anteriores, o PS perdeu quatro para a AD – que, no domingo, venceu em 15 distritos – e três para o Chega – que liderou em quatro círculos eleitorais, incluindo Faro, onde já tinha vencido em 2024.
Em Aveiro, a AD manteve sete deputados, à frente do PS e do Chega, ambos com quatro deputados eleitos, e da IL, que voltou a eleger um parlamentar.
Em Braga, a AD manteve a liderança, com oito deputados eleitos, o Chega “roubou” um mandato ao PS, chegando aos cinco, enquanto os socialistas elegeram quatro e a IL voltou a eleger um deputado.
Também sem alterações, a AD foi novamente o partido mais votado em Bragança, onde conquistou dois dos três mandatos, seguido do PS, e na Guarda, onde os três mandatos foram distribuídos pela AD, PS e Chega.
Castelo Branco foi outro dos distritos que o PS perdeu para a AD, que elegeu dois deputados (mais um do que nas anteriores), enquanto os socialistas ficam com apenas um deputado, à semelhança do Chega.
O mesmo aconteceu em Coimbra, onde a AD elegeu quatro deputados (mais um), o PS ficou-se pelos três e o Chega manteve dois mandatos.
Também em Santarém, a AD conseguiu eleger mais um parlamentar, passando para quatro, o Chega voltou a eleger três deputados e o PS – que passou de primeiro para terceiro partido mais votado – perdeu um, elegendo apenas dois deputados.
Outra das derrotas dos socialistas foi em Lisboa, onde a AD passou de 14 para 15 deputados, enquanto o PS, que tinha 15 parlamentares eleitos pelo círculo da capital, assegurou apenas 12 mandatos, com uma ligeira vantagem em relação ao Chega, que passou de nove para 11 deputados por aquele distrito.
Em Faro, o Chega voltou a ser o partido mais votado, com quatro deputados (mais um), à frente da AD, que venceu três mandatos, e do PS, que perdeu um mandato, conquistando apenas dois.
Além de Faro, o Chega venceu este domingo em outros três distritos, todos no Alentejo e conquistados ao PS.
Em Portalegre, os dois mandatos foram distribuídos entre o Chega e PS, com o partido de extrema-direita a convencer mais eleitores, e em Beja, onde os três mandatos foram distribuídos pelos três maiores partidos, o Chega ficou à frente do PS, que também tinha vencido naquele círculo alentejano há um ano.
Em Setúbal, o Chega passou de quatro para seis deputados, à frente do PS que passou de sete para cinco, e da AD também com cinco mandatos (mais um).
Nos restantes distritos portugueses, a AD manteve a liderança.
Em Leiria, voltou a conquistar cinco mandatos, seguido do PS que elegeu dois deputados, perdendo um lugar no parlamento para o Chega que chegou aos três mandatos.
No Porto, a AD voltou a vencer e conquistou mais um mandato, chegando aos 15, enquanto o PS passou de 13 para 11 deputados e o Chega elegeu nove deputados (mais dois).
Em Viana do Castelo, o PS também viu o número de deputados diminuir (de dois para um) em favor da AD, que elege três deputados, cenário que se repete em Vila Real.
Também em Viseu a AD conquistou um mandato aos socialistas, ficando com quatro, enquanto PS e Chega elegeram ambos dois deputados.
Nas regiões autónomas da Madeira e Açores, a AD voltou a ser a força política mais votada e manteve os três deputados madeirenses, conseguindo mais um pelos Açores, onde também garantiu três mandatos.