Os vereadores do PS na Câmara de Braga criticaram hoje, na reunião quinzenal do executivo, os alegados atrasos nas principais obras rodoviárias previstas para o concelho e questionaram sobre a eventual perda de financiamento comunitário por derrapagem dos prazos.
Na resposta, a maioria esgrimiu concursos públicos que ficaram vazios e sucessivos pedidos de esclarecimento do Tribunal de Contas (TdC) como causadores de algum atraso, mas manifestou-se confiante de que não haverá perda de financiamento, apelidando os socialistas de “profetas da desgraça”.
O PS aludiu, desde logo, ao nó de Infias, cuja intervenção foi apresentada há mais de um ano mas ainda não há “obra à vista”.
A vereadora das Obras Municipais, Olga Pereira, explicou que o projeto está concluído e em fase de apreciação pela Infraestruturas de Portugal, empresa responsável pela obra, mas ainda é preciso contratar uma auditoria de segurança e ainda falta o parecer, obrigatório, do Instituto da Mobilidade e dos Transportes.
Em relação ao túnel da Avenida, também questionado pelos socialistas, Olga Pereira disse que a obra aguarda parecer do Tribunal de Contas.
Sobre a intervenção na Avenida da Liberdade e a eventual perda de financiamento comunitário de cerca de um milhão de euros por atraso na obra, Olga Pereira manifestou-se “absolutamente convicta” do cumprimento dos prazos.
Lembrou que o primeiro concurso foi lançado em maio de 2022 mas todas as propostas foram acima do preço-base, pelo que houve necessidade de abrir outro concurso.
“Se o primeiro concurso não tivesse ficado deserto, estaríamos agora a terminar a obra e não a iniciar”, referiu.
Quanto à variante do Cávado, Olga Pereira disse que o projeto está em fase de estudo prévio.
No que respeita ao BRT, também conhecido por ‘metrobus’, a maioria disse que, numa primeira fase, avançarão duas linhas, ambas com saída da estação de caminhos de ferro e uma com destino ao hospital e a outra ao MinhoCenter.