O presidente da secção concelhia de Barcelos do PS considera que a ausência de governantes oriundos do distrito de Braga no novo governo é sintoma da “falta de peso” da Federação Distrital do partido. “Braga, pelo seu dinamismo económico e pela sua relevância política e social, devia ter, pelo menos, um ministro e um secretário de Estado”, afirma Miguel Costa Gomes, em declarações a O MINHO.
O ex-autarca de Barcelos culpa a liderança de Joaquim Barreto à frente da Federação, a quem acusa de dirigir um partido “dividido e fraccionado”, sendo, por isso, que António Costa e o PS nacional “não só não o convidam, como fazem o mesmo a muitos socialistas competentes do distrito”.
Confrontado com as críticas, Joaquim Barreto, que é também deputado na Assembleia da República retorque: “O número um da lista de candidatos a deputados por Braga, José Luís Carneiro é ministro da Administração Interna, e, como tal, representa o distrito. E o mesmo sucede com António Leite, que é de Vieira do Minho, foi membro da Comissão de Honra da candidatura do PS no distrito, e que será Secretário de Estado da Educação”.
Joaquim Barreto, que faz questão de não pronunciar o nome de Miguel Costa Gomes, diz que a maioria das críticas surge de militantes que pouco ou nada participaram na última campanha eleitoral, não tendo, por isso, contribuído para a vitória do PS nas últimas legislativas. E diz ter na sua posse um documento de militantes barcelenses, na qual dizem que Miguel Costa Gomes dirigiu de forma “desastrosa” as campanhas eleitorais, autárquicas e legislativas
Sobre esta acusação, Miguel Costa Gomes diz que “não foi convidado, enquanto líder da maior concelhia socialista do distrito, para nenhuma das iniciativas que a Federação realizou na campanha eleitoral”.