A Comissão Política Concelhia do PS de Amares retirou a confiança política ao presidente da Câmara Municipal, eleito pela lista socialista, por “comportamentos de deslealdade” e “evidente prejuízo” para os interesses partidários e da população do concelho.
Em comunicado, aquela estrutura socialista explica que a decisão de retirar a confiança a Manuel Moreira, aprovada por uma “expressiva maioria” de 76 por cento dos membros da Comissão Política Concelhia, é o “culminar de um conjunto de atitudes assumidas pelo presidente da Câmara reveladoras da falta de colaboração e deslealdade para com o Partido Socialista ao longo destes dois anos de mandato”.
Entre as decisões contestadas do autarca está a decisão “unilateral” de Manuel Moreira de exonerar do cargo de vice-presidente do executivo municipal, com a respetiva perda de funções, Jorge Tinoco, que é também presidente da Comissão Política Concelhia do PS.
“A Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Amares aprovou a retirada da confiança política ao presidente da Câmara Municipal, decisão sustentada nos comportamentos de deslealdade e de evidente prejuízo para os interesses do partido e, concomitantemente, para os interesses da população do concelho que, em tempo próprio, foi chamada a votar um projeto e uma equipa de trabalho da responsabilidade política do PS”, aponta o texto.
A decisão, explana o texto, foi tomada “no respeito pela verdade e transparência democrática exercida pelos amarenses que confiaram com o seu voto a presidência da câmara municipal a um eleito nas listas do Partido Socialista”.
Assim, aquela estrutura, adianta o comunicado, “responsabiliza publicamente o presidente da câmara municipal pela instabilidade institucional e pela ineficácia que as suas decisões têm provocado no Município, o que em nada contribui para a necessária concentração de todos os amarenses na resolução dos problemas que afetam o concelho e o país”.
Para a Comissão Política Concelhia do PS/Amares a “atitude” de Manuel Moreira ao exonerar José Tinoco “é o resultado de um progressivo processo de afastamento do projeto sufragado eleitoralmente pelo Partido Socialista em 2013”.
Pelo que, além da retirada da confiança política, foi decidido desencadear todos os procedimentos estatutários sancionatórios do comportamento da sua condição de militante deste partido.