O edifício escolhido para sede da candidatura da coligação “Juntos por Braga” (PSD/CDS/PPM), encabeçada por Ricardo Rio, actual presidente do executivo bracarense, encontra-se em risco de derrocada, a avaliar pelo auto de vistoria elaborado em 2011 pelos serviços técnicos municipais, que obrigava a uma intervenção de restauro para prevenir a segurança de pessoas e bens, segundo avançou hoje fonte da candidatura do Partido Socialista à autarquia.
“Embora os proprietários tenham sido notificados pelos serviços em dezembro de 2011 para procederem à consolidação da fachada principal no prazo de 45 dias, não se vislumbrou qualquer tipo de intervenção durante todo este tempo, apesar de ter desencadeado uma acção de despejo, com base nesses pressupostos, decretada pelo tribunal aos inquilinos do rés-do-chão do nº 1 da Praça da República, uma das principais artérias da cidade dos arcebispos”, referem os socialistas.
Em nota enviada às redacções, a equipa da candidatura de Miguel Corais explica que o despejo resultou de um processo levado a cabo pelos proprietários do edifício em causa, em 2014, tendo como base o parecer vinculativo dos serviços técnicos da Câmara Municipal de Braga, cujo auto de vistoria apontava para a necessidade de uma intervenção urgente, dado tratar-se de uma “construção muito antiga (sec.XIX)” e encontrar-se “em mau estado de conservação, existindo mesmo risco de ruina de partes do pavimento em madeira dos compartimentos voltados para a Praça da República, não garantindo, nesses locais, condições satisfatórias de segurança para pessoas e bens”. O mesmo auto menciona também “a existência de uma fenda vertical de dimensões consideráveis entre a fachada principal e os pavimentos dos andares deste edifício na zona voltada para a «Arcada» contribuindo para a deterioração das ligações entre os pavimentos e a fachada principal”.
O Partido Socialista alerta assim para o facto de poderem não estar reunidas as condições mínimas de segurança e do risco de derrocada ser uma possibilidade iminente, ainda mais pelo facto da vistoria se reportar a 2011 e de não haver conhecimento, nem indícios de terem sido efectuadas as obras necessárias para prevenir essa eventualidade, o que a acontecer pode colocar em causa a integridade de todos quantos façam uso dessas instalações.
A nota enviada pelo PS é acompanhada do auto de vistoria e de uma notificação do IGESPAR.