Nuno Melo não se candidata à liderança do CDS-PP mas não fecha a porta a uma candidatura dentro de dois anos.
O eurodeputado e vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo, da vila de Joane, concelho de Vila Nova de Famalicõ, não se candidatará à liderança do partido, recusando entrar na corrida à sucessão de Paulo Portas no 26.º Congresso centrista de 12 e 13 de março, confirmaram à Lusa fontes do partido.
“Conheço profundamente o CDS e tenho vontade, acontece que para lá da minha vontade tenho de ter a capacidade de ler as minhas circunstâncias”, afirmou Nuno Melo numa conferência de imprensa na sede do CDS-PP, minutos depois de fontes do CDS-PP confirmaram a notícia avançada pela SIC Notícias e o Expresso online de que não se candidatava à presidência centrista.
As circunstâncias expostas por Nuno Melo foram, apesar dos muitos apoios que disse ter recebido e pelos quais agradeceu, o facto de ser eurodeputado e continuar a defender, como durante a liderança de José Ribeiro e Castro, que o presidente do CDS deve estar na Assembleia da República para poder debater com o primeiro-ministro.
“Sou eurodeputado, candidatei-me a um mandato que disse sempre que cumpriria, como invariavelmente cumpri, e não posso exigir para mim menos como antes pedi a outros”, declarou.
Apesar de, “em tese”, poder assumir o mandato na Assembleia da República, já que foi suplente pelo círculo eleitoral de Braga, Nuno Melo disse não dever nem querer dispor dos mandatos dos outros eleitos e membros da lista, que teriam de renunciar.
“Entendi existirem outras pessoas neste momento nestas circunstâncias, em melhores condições do que eu para serem candidatos à presidência do CDS”, afirmou Nuno Melo, que considerou Assunção Cristas um nome “incontornável” e a quem dará apoio caso avance para a corrida à liderança.