Proteção Civil admite “problemas pontuais” no SIRESP, mas nega falhas na rede

Comandante Nacional
Proteção civil admite "problemas pontuais" no siresp, mas nega falhas na rede
Foto: Lusa

O comandante nacional de Emergência e Proteção Civil admitiu hoje a existência de “problemas pontuais” no SIRESP durante o combate aos incêndios rurais, mas rejeitou que tal se trate de falhas na rede de comunicação de emergência.

“Temos alguns picos em termos de comunicação, mas não há falhas no SIRESP. […] Há problemas pontuais, que muitas das vezes decorrem do número de operacionais no teatro de operações, mas rapidamente são avaliados, tomam-se as medidas necessárias, e recuperamos novamente a capacidade normal de comunicação”, afirmou Mário Silvestre, em resposta aos jornalistas durante um balanço às 12:00 da situação dos incêndios florestais, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Oeiras.

O Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança (SIRESP) é a rede de comunicações exclusiva do Estado português para o comando, controlo e coordenação de comunicações em todas as situações de emergência e segurança e esta não é a primeira vez que há relatos de problemas.

Em 30 de abril, o Governo criou uma equipa de trabalho para elaborar, até ao final de julho, um estudo técnico-estratégico para a substituição urgente do SIRESP, depois de o sistema ter falhado durante o apagão de energia registado dois dias antes, tendo o prazo sido entretanto prorrogado.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 02 de agosto.

Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual deverão chegar hoje dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos incêndios.

Segundo dados oficiais provisórios, até 17 de agosto arderam 172 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.

 
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