O projeto “Acelerar o Norte”, para acelerar a transição digital das empresas desta região do país, capacitou mais de 5.000 comerciantes, empresários e colaboradores e 8.000 micro, pequenas e médias empresas, anunciaram hoje os promotores.
Segundo os dinamizadores do projeto – promovido pela Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e pelas associações Empresarial de Portugal (AEP), da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e da Economia Digital (ACEPI) e que agora terminou – foram realizadas 54 ações de sensibilização e 180 sessões de capacitação, totalizando 500 horas de capacitação prática e especializada em áreas como ferramentas digitais, comércio eletrónico e ‘marketing’ digital.
Orçada em 19 milhões de euros e financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a iniciativa cobriu as oito sub-regiões do Norte de Portugal (Alto Minho, Cávado, Ave, Alto Tâmega, Área Metropolitana do Porto, Tâmega e Sousa, Douro e Terras de Trás-os-Montes) através de uma rede de 16 aceleradoras de comércio digital, com uma equipa de 40 profissionais no terreno.
“Estes polos funcionam como centros de apoio e transformação, garantindo o contacto direto com os empresários e a adequação das soluções às realidades locais”, explicam os promotores num comunicado de balanço de 20 meses de atividade do projeto.
No terreno, a operação do “Acelerar o Norte” arrancou em março de 2024, com o primeiro “‘Roadshow’ para a Digitalização do Norte”, em Braga, tendo desde então sido percorridos cerca de 10.000 quilómetros.
Os promotores destacam que “a abrangência e eficácia da operação devem-se, em grande medida, ao envolvimento de mais de uma centena de parceiros locais, entre autarquias, associações empresariais e entidades privadas”.
A estrutura do projeto assentou em dois eixos principais: o “‘Roadshow’ para a Digitalização”, focado na sensibilização da comunidade, já concluído; e o “‘Roadshow’ de Capacitação”, centrado na entrega de ferramentas práticas, que concretizou todas as ações previstas até junho de 2025.
O apoio às empresas incluiu ainda um diagnóstico da sua maturidade digital, a elaboração de planos de transição e a atribuição de ‘vouchers’ até 2.000 euros para aquisição de serviços digitais.
Complementarmente, foi criada a Academia Digital Acelerar o Norte, uma plataforma de capacitação ‘online’ gratuita, desenhada para gestores, empresários e colaboradores que não conseguiram participar nas sessões de capacitação ou que desejem reforçar os conhecimentos adquiridos.
O objetivo desta academia é “garantir que todos tenham acesso às ferramentas necessárias para fortalecer a presença digital das suas marcas e negócios”.
Citado no comunicado, o presidente da CCP, entidade que lidera o consórcio gestor do programa, considera que “os resultados mostram um impacto significativo na promoção da transição digital das empresas na região Norte.”
“Ficou claro que há uma grande vontade de mudança por parte dos empresários, e o nosso trabalho foi garantir que essa vontade se traduz em competências e resultados”, afirma João Vieira Lopes.
Salientando que “a digitalização é para todos os negócios, do maior ao mais pequeno”, o dirigente associativo diz ter sido possível mostrar “que a transformação digital não é um luxo, é uma necessidade, e que os pequenos negócios podem beneficiar tanto ou mais do que os grandes”.
“O objetivo foi alcançado: aumentar a competitividade do tecido económico local e projetar o Norte em direção ao futuro digital”, rematou.
