O princípio ideológico subjacente ao projeto Hereditas | Atlas da Paisagem Cultural de Guimarães consiste na elaboração de uma base de dados do património cultural do concelho, entendido no seu sentido mais lato, integrando os três grandes inventários que se lhe consideram inerentes: o do património construído, o do património natural e o do património imaterial.
Até à data, foram já percorridas 18 freguesias de acordo com a Carta Administrativa Oficial de 2013 (Longos, Balazar, Briteiros Stª. Leocádia, Briteiros S. Salvador, Briteiros Stº. Estevão, Donim, Gondomar, Arosa, Castelões, Gonça, Sande S. Lourenço, Sande S. Martinho, Sande S. Clemente, Sande Vila Nova, Caldelas, Barco, Souto S. Salvador e Souto Stª. Maria).
Este trabalho teve como resultado a criação de 1.413 fichas de arquitetura, 346 de paisagismo, 54 de arqueologia e 73 de património móvel. Estão referenciadas 73 paróquias medievais que incluem Vizela por ser, à data, território integrante do concelho de Guimarães.
Numa primeira fase, foram tidos como relevantes 210 bens inseridos no património imóvel. Mesmo não evidenciando qualquer das características atrás referidas, outros bens há que poderão ser adicionados à seleção em apreço, desde que se comprove constituírem-se como testemunhos notáveis de vivências ou factos históricos, ou revelarem-se importantes sob o ponto de vista da investigação histórica ou científica.
Em relação aos bens móveis, a estreita colaboração existente entre o Município e a Arquidiocese de Braga permitirá proceder ao inventário das igrejas e capelas do concelho.
No que se refere aos bens que integram a paisagem, os trabalhos de inventariação têm sido supervisionados por arquiteta paisagista dos quadros do município, e proceder-se-á a posterior validação científica.
Pretende-se que a Quinta da Ribeira, em Ponte, venha a ser o caso de estudo do projeto Hereditas, pelo contexto histórico, paisagístico e arquitetónico em que se foi desenvolvendo ao longo dos séculos, encontrando-se já os alunos da Escola de Arquitetura da Universidade do Minho a elaborar o levantamento dos edifícios que constituem a propriedade.
Estima-se que o custo total dos dois anos que durará o projeto Hereditas, na sua primeira fase, ronde os 200 mil euros.