O projeto para o Parque da Cidade de Esposende encontra-se em consulta pública até ao dia 28, sendo uma intervenção que pretende dotar a parte sul ribeirinha de “uma imagem urbanisticamente mais harmoniosa e integrada”, adiantou hoje a autarquia.
Em comunicado, a câmara de Esposende explica que o Parque da Cidade “será constituído por percursos pedonais e cicláveis, em articulação com as Ecovias do Litoral Norte e do Cávado, terá espaços para eventos ao ar livre relacionados com o rio, postos de interpretação ambiental e pontos de observação de avifauna, parque de merendas, sanitários públicos, equipamentos lúdicos e mobiliário urbano”.
A consulta pública, um “processo voluntário” que decorre até ao final de fevereiro, “reafirma a vontade de envolver as gentes do município, ou mesmo aqueles que o visitam com frequência, na procura das melhores soluções para o território”, afirma no texto o presidente da autarquia, Benjamim Pereira.
“Contribua e faça com que este projeto seja também um pouco seu”, apela o autarca.
Segundo Benjamim Pereira, “uma vez finalizado o processo, o projeto será apresentado à Câmara Municipal, dando lugar à negociação/aquisição dos terrenos para que avance a primeira fase das obras”.
Segundo a autarquia, “o Parque da Cidade é um anseio antigo da população, em particular das gentes de Esposende, mas só em 2013 foi apresentado um estudo, resultante do Concurso Internacional de Ideias lançado para este mesmo local, mas que, por razões diversas, não teve seguimento”.
Em 2016 arrancou a elaboração do projeto do Parque da Cidade, num percurso que “conheceu muitas dificuldades junto das entidades licenciadoras”, sendo que “só no final de 2020 foram reunidos todos os pareceres favoráveis para prosseguir” com o projeto.
“Se considerarmos que estamos a falar de cerca de 30 hectares de terreno, incluindo o alargamento para a margem sul, contemplando a construção de uma ponte pedonal e ciclável sobre o rio Cávado e da requalificação de quase todas as vias envolventes, percebemos a magnitude desta intervenção”, salienta o autarca.
Para o projeto será necessário um “forte investimento financeiro”, nomeadamente na aquisição de terrenos e na construção, pelo que o presidente da câmara defende “moderação e planeamento” da intervenção, em especial a necessidade de a sua execução ser levada a cabo de forma faseada, ao mesmo tempo que se “espreita” uma oportunidade de financiamento através de fundos comunitários, “única forma de acelerar este processo”.
“Para aceder a fundos comunitários é necessário concluir o projeto, submetê-lo à aprovação do executivo camarário e avançar com o complexo processo de aquisição de terrenos, que pode até levar à expropriação dos mesmos”, refere.
Os interessados devem consultar o projeto que se encontra exposto no edifício dos Paços do Concelho, no Piso -1, durante o horário de expediente, mediante marcação prévia.