Professores vão para o IP3 avisar que não têm culpa do estado da via

Fenprof

Os professores vão explicar aos automobilistas que circulam no Itinerário Principal (IP) 3, entre Viseu e Coimbra, que não têm culpa do estado daquela via, anunciou o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof) hoje reeleito, Mário Nogueira.

Ao intervir durante a sessão de encerramento do 14.º Congresso Nacional dos Professores, que se realizou sexta-feira e hoje, em Viseu, Mário Nogueira destacou esta ação de luta de entre as que foram aprovadas.

Segundo o dirigente, a Fenprof já contactou a comissão de utentes do IP3 e pediu-lhe apoio para distribuir panfletos aos automobilistas, no dia 02 de julho, quando se completam “quatro anos sobre a declaração do senhor primeiro-ministro de que não há dinheiro para tudo e, por isso, ou se fazem as obras do IP3 ou se conta o tempo de serviço aos professores”.

“Senhor automobilista, somos professores, isto está a desgraça que o senhor vê e com certeza sofre por passar aqui todos os dias no caminho para Coimbra ou para Viseu. Mas queremos dizer que a culpa não é nossa, porque a nossa carreira também está estilhaçada” é a mensagem que pretendem passar, avançou.

Será feito o apelo para que todos se juntem à luta, para exigirem quer as obras necessárias no IP3, quer “o que é justo para a carreira docente”, acrescentou.

A partir do congresso de Viseu, que contou com a participação de 584 delegados, Mário Nogueira passa a ter dois adjuntos, na sequência de uma alteração aos estatutos que permite uma coordenação colegial.

No entender de Mário Nogueira, a Fenprof saiu reforçada deste congresso, “sobretudo no que é mais importante, a unidade”, apesar de integrar “sindicatos tão diversos”.

“A democracia funcionou e nós conseguimos sair daqui com o que nos une e vai unir ao longo destes três anos”, frisou.

A secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, que acompanhou o congresso, aproveitou a sessão de encerramento para criticar o Governo que, “do alto da sua maioria absoluta”, justifica a não subida dos salários com o risco de haver “uma espiral inflacionista, que seria mais penalizadora até para os trabalhadores”.

“Tal é a hipocrisia e o cinismo que, vejam lá, eles não aumentam o salário para o nosso bem”, ironizou Isabel Camarinha, garantindo que “a luta vai continuar, nas escolas e nos locais de trabalho em geral”.

 
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