Professores de Educação Física de escola de Guimarães recusam-se a dar aulas

Devido às más condições do pavilhão

Os professores de Educação Física da Escola EB 2/3 João de Meira, em Guimarães, recusam-se a dar aulas. Os docentes acusam a Câmara Municipal de ter sido informada e de não dar resposta aos problemas existentes no pavilhão. Para estes professores, a falta condições de segurança chegou a uma “situação limite”.

Os professores de Educação Física da Escola EB 2/3 João de Meira fizeram esta segunda-feira o anúncio à comunidade escolar que não irão lecionar aulas práticas da disciplina, devido às más condições do pavilhão da escola.

Na prática o problema prende-se com a cobertura do pavilhão, feita em telhas de fibra com amianto, que se encontra em mau estado de conservação. Quando chove, pinga dentro do pavilhão. A este problema que os professores consideram muito grave, somam-se outros que no seu conjunto fazem com que os professores considerem que não há condições para lecionar aulas práticas de Educação Física naquele espaço.

O amianto, também conhecido como asbesto, era muito usado na construção, especialmente em telhados, pavimentos e isolamento de casas. No entanto, nos últimos anos, descobriu-se que estas fibras podem libertar-se facilmente no ar com o desgaste dos materiais, fazendo com que sejam aspiradas na respiração. Quando essas fibras chegam ao pulmão causam pequenas lesões que aumentam o risco de doenças respiratórias graves ao longo do tempo. O amianto está relacionado, entre outras doenças, com o cancro de pulmão.

“Relembramos que existe a promessa da construção de um novo pavilhão desportivo há onze anos”, lê-se no comunicado do Grupo Disciplinar de Educação Física.

Os professores fazem saber que a situação já tinha sido exposta à Câmara e que a possibilidade de as aulas serem suspensas já tinha sido apresentada, “até ao momento [a Câmara] não deu resposta ao solicitado”.

“Somos uma escola de referência no concelho de Guimarães e pioneiros do Desporto Escolar, por isso exigimos que sejam garantidas condições mínimas de trabalho e segurança, ainda assim, iremos lutar pela construção de um novo pavilhão, por respeito à disciplina de Educação Física, aos alunos, aos docentes, que têm direito a condições de trabalho dignas e adequadas ao século XXI”, remata o comunicado.

 
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