Um grupo de professores de Braga exige que a profissão seja “tratada com dignidade e mais ajuda”, pretendendo alertar para a “quase extrema precariedade” de muitos docentes.
“Continuamos esta luta pelo reconhecimento na íntegra do tempo de serviço dos professores, os nove anos, quatro meses e dois dias, mas achamos que, já que é véspera de mais uma reunião entre a tutela e a plataforma sindical que nos representa, é tempo de chamar a atenção para outras questões”, explicou à Lusa Filipa Marques, uma das docentes promotoras de uma vigília de protesto que se realiza esta noite no centro de Braga.
Segundo a professora, além de se exigir que o Ministério da Educação reconheça “na íntegra” o tempo de serviço dos docentes, “há situações para as quais é preciso alertar a tutela e a sociedade em geral”.
“As listas [de colocação de professores] saíram quinta-feira. Para já não falar dos milhares de colegas que não ficaram colocados, há colegas que ficam colocados longíssimo e que tiveram que se apresentar ao serviço na segunda-feira. Com o ordenado de professor e com o mercado imobiliário como está não é fácil arranjar casa em quatro dias”, apontou como exemplo.
Filipa Marques salientou ainda que, “no caso dos professores, que têm um papel vital na sociedade, não há qualquer ajuda de custo como há noutras áreas”.
Por isso, sublinhou, o grupo exige que “a profissão de docente seja tratada com mais dignidade e mais ajuda e reconhecida pelo valor que tem”.
O protesto de um grupo de professores de Braga e do Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P.). está marcado para a praça da República, a partir das 21:00.