O nome original é: cortejo bíblico ‘Vós Sereis o Meu Povo’. Mas toda a gente a conhece como ‘Procissão da Burrinha’. Marca o arranque da Semana Santa em Braga, esta quarta-feira à noite, e irá contar com a participação de mais de 700 figurantes.
Atualização
O Presidente da Junta de S. Victor, Ricardo Silva, na apresentação da procissão, referiu que “numa colaboração de excelência, a Paróquia e a Junta de Freguesia reforçam os valores da educação e da qualidade como premissas deste Cortejo Bíblico”.
O cortejo é composto por cerca de 25 quadros, e este ano é recuperado o Quadro da Senhora das Angústias.
Por isso, as novidades para a edição de 2019, passam “pela aposta em novas túnicas, roupas e adereços, dando mais cor à Procissão” bem como a ‘burrinha de barro’ que vem substituir a tradicional figura desenhada por um artesã que “este ano, por motivos de saúde não pode realizar o trabalho”.
“Optamos pela realização de uma pequena figura de barro que servirá para colocar no Presépios nos próximos Natais” fazendo a ponte entre as duas Festas maiores da Igreja Católica. A ‘burrinha de barro’ está, já, à venda “por um preço simbólico” na Junta de Freguesia.
Doce da Burrinha
Em parceria com uma pastelaria da cidade, o ‘Doce da Burrinha’ volta a ser confeccionado. No final da procissão está prevista a distribuição de cerca de 2.500 doces.
“Este ano, manteremos o percurso, bem como a aposta nas tecnologias, com a @bsbsmartbright a dar ‘sinal de localização’ à Burrinha Pombinha”, vinda directamente de Vila Verde”, referiu ainda Ricardo Silva.
A procissão é “uma sessão de catequese dinâmica, apelativa e interativa, permitindo ao público perceber o contexto histórico e social que conduziu ao desfecho do episódio da ‘Paixão de Cristo’”, finaliza o Presidente da Junta.
História
Segundo o site oficial da Semana Santa, a procissão da ‘Burrinha’ surgiu, primeiramente, “como evocação da procissão de Nossa Senhora das Angústias que marcou o quotidiano da freguesia desde a segunda metade do século XVIII e que integrava uma imagem de Nossa Senhora montada numa burrinha, que a tornou numa das mais populares da cidade de Braga”.
Inicialmente, o cortejo realizava-se no primeiro domingo de Julho, mas após um “tempo de interregno” seria “integrada na Semana Santa em 1960, tendo decorrido até 1973”.
Volta a ser retomada em 1998, “deixando de lado o ideário devocional das Dores de Maria e centrando-se na narrativa da história da Salvação, desde Abraão até Jesus Cristo”.
Um dos últimos quadros repete o episódio bíblico da Fuga para o Egipto, com a representação de Nossa Senhora da ‘Burrinha’, (daí o nome mais popular da procissão), o quadro mais apreciado pelas pessoas que assistem.