Um processo de inquérito e consequente auto disciplinar a uma funcionária administrativa da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde motivou acusações da secretária da direção ao presidente da instituição, alegando que este decidiu tomar partido por outro funcionário antes de apurar os factos.
Helena Barros, secretária da direção, em declarações ao Jornal de Notícias, defende uma administrativa que se terá envolvido num desentendimento com outro funcionário na presença do presidente da direção.
A secretária da direção diz ainda que o presidente, Paulo Rocha, terá solicitado que esta apagasse os nomes redigidos em ata da reunião onde foi votada a abertura desse mesmo inquérito, algo que a secretária da direção recusou por não ser legal.
Em resposta, a associação emitiu esta sexta-feira um comunicado onde confirma a abertura do inquérito e que a mesma foi votada “por maioria” no seio dos membros da direção com funções executivas. Mas a secretária da direção diz que a decisão não foi unânime.
No comunicado, a associação aponta para “alteração da ordem e da disciplina internas” e que sempre que existe essa situação, a mesma deve ser “analisada com a máxima ponderação e equilíbrio, no seio de toda a direção”, dando a entender que o avançar do inquérito foi previamente analisado por todos.
A direção critica a exposição pública, falando numa “base e pressupostos errados”, quando, afirma, o que está em causa “é garantir a estabilidade e disciplina internas fundadas nos seus regulamentos”.
Considera ainda que o assunto está na “praça pública” para fazer pressão mas que o “resultado do processo de inquérito e a nota de culpa que daí adveio foram analisados favoravelmente pela maioria clara dos membros da direção e não em função do livre arbítrio do presidente da instituição”.
“Lamentamos, por fim, que uma situação decorrente do normal funcionamento da Instituição esteja a ser pessoalizada, quando está apenas (e tão só) em causa o respeito pelos regulamentos internos e o seu cumprimento”, conclui a nota, dizendo que as “perseguições” não passam de “mera imaginação”.
Notícia atualizada às 19h26.