“Problemas de mobilidade são cartão vermelho à governação do PS ao longo de 30 anos”

Entrevista com Rui Rocha, candidato do PAN à Câmara de Guimarães
Foto: Rui Dias / O MINHO

O cabeça de lista da candidatura do PAN à Câmara Municipal de Guimarães, nas próximas eleições autárquicas, a 26 de setembro, Rui Rocha, é licenciado em Geografia e mestrado em geografia física e estudos ambientais, é professor na Escola EB 2/3 Arqueólogo Mário Cardoso, em Ponte. É natural de Águeda e foi a profissão que o trouxe para Guimarães. Há muitos anos, em 2005, quando efetivou, escolheu ficar “por se tratar de uma cidade muito bonita”. Tem 47 anos, é casado e tem um filho com quase quatro anos, que teve muita dificuldade para colocar numa creche, mesmo tendo feito a inscrição seis meses antes do nascimento. Indigna-o que, na freguesia onde mora, em Ponte, ainda se eliminem as ervas com recurso a pesticidas. Acredita que o PS não terá outro remédio senão pegar nas suas propostas, “como no caso dos guarda-rios”.

O que é que o PAN traz de novo ao discurso das autárquicas que nenhuma das outras forças políticas é capaz de assegurar?

Essa é muito fácil. O PAN, como sabe, é o partido com um ADN mais vincadamente ambientalista e progressista. Agora até o PSD e o CDS têm preocupações ambientalistas! A questão é de fundo, tudo o que o PAN propõe tem sempre a preocupação ambientalista. Todas as propostas são conduzidas por preceitos éticos e sustentáveis. Aquilo que isso vai originar é um elevar da fasquia. Dou-lhe um exemplo muito concreto: quando nós apresentamos a nossa proposta aqui em Guimarães, de imediato dissemos que uma das medidas que tinha que avançar era os guarda-rios, como resultado o PS já veio apresentar essa medida. Parece que andam a trabalhar nisto há muito tempo, mas não!
Repare que a proposta da criação da figura do guarda-rios, aprovada no Parlamento, foi da autoria do PAN.
Nós vamos apresentar medidas que o PS, necessariamente, vai ter de pegar nelas, ou vai ficar mal. A maior parte do nosso eleitorado virá do PS, portanto, eles não têm outro remédio senão pegar em algumas das nossas medidas. Ninguém nos pode tirar esse mérito, vamos obrigar o PS a tomar medidas que só viriam a ser consideradas daqui a quatro anos, daqui a dez anos… O nosso trabalho é esse, trazer para o debate temas que estavam esquecidos, como é o caso do bem-estar animal, a poluição, os guarda-rios. São coisas que não implicam, em muitos casos, grandes investimentos. O PS e o PSD, que têm tido grandes responsabilidades no nosso país e têm ignorado estas questões.
Não podem culpar o PAN pelo desemprego, pela desigualdade, eles que sempre estiveram preocupados com a economia e que sempre ignoraram o bem-estar animal e poluição. E então, onde é que isso nos levou?

Coloca a ecologia nitidamente à esquerda. Contudo, uma das primeiras referências políticas de que me lembro, no campo do ambientalismo, é o arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles, um conservador, do Partido Popular Monárquico. Em que é que ficamos, um conservador não pode ser um ecologista?

Por acaso não coloco o ambientalismo todo à esquerda. Falou, e muito bem, no arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles. Os livros dele, do final da década de 70, princípio da década de 80, estão completamente atuais. Ele podia escrever aquilo hoje. Eu pergunto: como é que foi possível, sabendo tudo o que se sabia, que os políticos tenham ignorado?
Não tenho a ideia de que só a esquerda é que se preocupa com o ambiente. A ecologia é transversal e por isso é que o PAN se apresenta muitas vezes como não sendo de direita nem de esquerda.
Agora, tenho consciência que é mais o eleitorado de esquerda que provavelmente está mais aberto, na realidade portuguesa. Embora, depois, na prática haja muitas nuances. Para mim é muito estranho que Os Verdes coliguem apenas com um partido, o PCP. Como é que é possível um partido ecologista coligar com um partido de esquerda, esquerda e às vezes até de extrema-esquerda. Está a reduzir o campo político, partindo do princípio de que só comunistas é que são ecologistas. É bizarro.

Na sua opinião, se a CDU ganhasse as eleições e Marina Silva se tornasse presidente de Câmara seria relativamente indiferente?

Não diria dessa forma. Agora, quase de certeza, não seria com a profundidade com que o PAN apresenta as suas propostas. Não digo que não teria uma preocupação ambientalista, embora, daquilo que tenho seguido dela, as propostas são muito mais na área social e económica.

Qual é o maior problema que identifica em Guimarães?

É difícil priorizar, há muitos problemas. Esta questão das alterações climáticas, o combate que temos que fazer. Penso que, em Guimarães, o que tem sido feito não terá efeitos nenhuns, é tudo pela rama. Mas, para resolver este problema não pode ser com uma medida, têm que ser vários setores a trabalhar ao mesmo tempo. Desde logo a mobilidade, a floresta, a despoluição, inclusivamente a despoluição dos rios.
Escolheria esta área das alterações climáticas, porque ao trabalhar nesta área seria obrigado a comtemplar muitos setores. Tudo o que tem sido feito tem sido desarticulado e, na prática, não vai dar em nada. Tem que ser o presidente de Câmara a pegar neste assunto e a fazer com que todos os setores trabalhem com este objetivo.

Guimarães é um concelho com nove vilas, com alguns problemas de mobilidade. Há a questão do transporte individual, com cada vez mais transito e a do transporte público, ou da falta dele. Que propostas é que o PAN tem nesta área?

Relativamente à mobilidade, vamos ser sinceros, é preciso investir forte e feio. É preciso gastar muito dinheiro e não se faz em quatro anos. É preciso ter um plano para o médio e o longo prazo e é preciso investir imenso. Esta é uma área em que tínhamos que aproveitar tudo, do orçamento da Câmara, dos fundos europeus. Se queremos mudar o paradigma, tem que se fazer grandes investimentos, senão vamos fazer pequenas coisas pontuais, mas não vamos resolver os problemas. Não vamos mudar o paradigma para as pessoas passarem a usar o transporte público, ou passarem a andar de bicicleta, não vamos reduzir as emissões de dióxido de carbono. Até porque, Guimarães tem cada vez menos população, mas cada vez tem mais carros.

O que é que seria preciso para fazer as pessoas deixarem de andar de carro?

As pessoas no dia-a-dia pesam o preço dos bilhetes, a articulação entre os transportes, o tempo que levam a chegar aos sítios e chegam à conclusão que é melhor andar de carro. Por isso, é preciso um plano a médio e longo prazo, isto não se vai resolver em quatro anos, se calhar nem em oito.
Com a dimensão de Guimarães e das cidades à sua volta – Fafe, Vizela, Famalicão, Braga-, é gritante a falta de transportes públicos. Não consigo conceber que a região do Baixo Minho, uma das mais densamente povoadas do país, com mais indústria, não haja ligações ferroviárias diretas entre Guimarães, Braga, Barcelos e Famalicão. Como é que não existe? Em qualquer país moderno da Europa isto já teria sido feito há muito tempo.
Temos uma vocação enorme para o turismo, as pessoas cada vez se movem mais, mas não se pensa nisto. Os turistas estão sempre dependentes do automóvel, de ligações péssimas de autocarro. Esta ligação beneficiaria muito o turismo.
Os problemas de mobilidade são um claro cartão vermelho aos trinta e tal anos de governação do PS. O que é que andaram a fazer durante 30 anos?
Foi um problema de planeamento, agora não há espaço para construir novas vias e não se vai conseguir resolver os problemas que temos de forma cabal.

O que é poderia ser feito ao nível dos transportes públicos?

Uma política agressiva em termos de bilhetes. Não é só para os estudantes, os bilhetes têm que avançar para uma gratuitidade para toda a gente. É uma questão de justiça territorial, uma pessoa que mora em Arosa, não pode demorar uma eternidade a chegar à cidade.

Mas concorda que além dos transportes são necessárias novas vias?

O problema da mobilidade não se resolve só atacando a questão das vias. Se trabalharmos de forma séria na questão dos transportes públicos, as vias vão ficar mais descongestionadas. A ideia é reduzir de forma significativa os automóveis. É um erro pensar que se resolve um problema de tráfego construindo mais uma via.
Temos aquela situação junto ao nó da autoestrada [rotunda de Silvares], resolveram uma coisa e criaram outros problemas. Temos que arranjar soluções para que as pessoas andem de transportes públicos e de bicicleta e isso vai reduzir o número de automóveis nas vias.

“A questão que está a acontecer em Silvares, aquela construção lado a lado de pavilhões comerciais e supermercados, aquilo vai trazer, já, mais problemas de tráfego naquela zona”

Foto: Rui Dias / O MINHO

A proposta da Autarquia de fazer um teleférico entre as Taipas e Guimarães é uma confissão de derrota face à incapacidade para resolver o problema, ou acha que há alguma viabilidade nesta ideia?

A minha opinião sincera é que não há nenhuma viabilidade nessa proposta. É uma curiosidade. É um cartão vermelho à falta de planeamento. Foram remendando ao longo de anos e não se aperceberam dos problemas que estavam a criar para o futuro.
A questão que está a acontecer em Silvares, aquela construção lado a lado de pavilhões comerciais e supermercados, aquilo vai trazer, já, mais problemas de tráfego naquela zona. Aquelas vias não são claramente suficientes para escoar o transito que ali vai ser gerado. Vai ser preciso construir ali mais vias, mais rotundas. Aquilo vai entupir tudo!
Eu compreendo que é preciso atrair investimento, mas é preciso planeamento, aqui parece que está a ser tudo feito de forma desesperada.

Como é que avalia a gestão que a Câmara fez da pandemia?

Acho que houve coisas boas e menos boas. Houve algumas coisas bem-sucedidas outras menos bem-sucedidas. Uma que claramente correu mal foi a questão dos apoios à restauração e hotelaria, que até levou à demissão da direção da associação. Esqueceram-se dos hotéis e dos restaurantes.
A questão dos projetos ligados à saúde mental dos jovens, foi mal desenhado desde o início. Aquilo estava dependente dos psicólogos que estavam nas escolas e eles estavam cheios de trabalho. O programa até tinha razão de ser, mas estava mal desenhado, dependia de profissionais que já estavam assoberbados de trabalho.
Mas qualquer avaliação não é fácil de fazer, agora, em cima do acontecimento. Nem me sinto moralmente bem ao aproveitar-me destas falhas, acho que fomos todos apanhados de surpresa e a autarquia foi tentando, como o Governo foi tentando.

Acha que nos meios rurais, onde se criam galinhas e porcos para comer e o cão serve para guardar o galinheiro da raposa, a mensagem do PAN penetra?

Nós defendemos uma agricultura mais próxima. Apoios aos pequenos e médios produtores de acordo com critérios que o PAN acha que devem ser respeitados. A nossa paisagem precisa dos agricultores. A nossa dificuldade tem a ver com os grandes produtores, que não existem em Guimarães. Na pecuária intensiva há muita coisa que tem que mudar.
Há é muita desinformação e parece que o PAN proíbe tudo. Queremos que os pequenos produtores possam produzir com práticas agrícolas ambientalmente mais sustentáveis. A Câmara pode e deve ter aí um papel.

E os caçadores, há espaço para eles, ou são uma espécie a extinguir?

Na minha opinião matar por prazer é estranho. Consigo conceber que se mate para comer, mas por prazer! Levar à extinção uma série de espécies!
Recentemente foi suspensa a caça à rola e os caçadores vieram pedir compensações. É estranho. Eles não veem que se isto não fosse feito deixaria de haver rola e depois não havia caça?
Quando entramos para a UE e foram estabelecidas as quotas para a pesca da sardinha, criou um grande alarido. Hoje, não há nenhum pescador que não perceba a utilidade das quotas. Se não tivessem sido impostas quotas, já não havia sardinha.
Quase todos os países progressistas acabaram com a caça, ou, pelo menos, limitaram imenso.

“Com pouco dinheiro podíamos fazer com que Guimarães fosse o primeiro concelho do país sem animais abandonados”

Vídeo: Rui Dias / O MINHO

Como é que classifica Guimarães em termos de bem-estar animal?

Guimarães criou uma bandeira com a Capital Verde Europeia, basta ver o relatório para perceber que o concelho estava mal em vários critérios. Mas o bem-estar animal não é um desses critérios. Não é por acaso que só se tem feito os mínimos.
Com pouco dinheiro podíamos fazer com que Guimarães fosse o primeiro concelho do país sem animais abandonados. Temos um canil que não dá conta do recado, nem tem as condições para resolver os problemas. Entretanto, o abandono é diário. Nós vamos para além do problema sanitário, que é o ponto de vista da Câmara. A Autarquia tem de ajudar as pessoas a fazer a esterilização, senão nunca vamos resolver este problema. Em Guimarães há, estimativas por baixo, quatro mil gatos abandonados.
É preciso identificar as famílias que têm animais e resolver este problema, senão, quando as cadelas, as gatas têm filhotes eles acabam na rua.

O problema não se agravou com a aprovação da lei que impede os canis de abater os animais?

Claro que não. Não podemos dar um passo em frente e dois atrás. Num país como a Holanda, com mais população que Portugal, não há animais abandonados. Aqui, poucas são as Câmaras que promovem programas de bem-estar animal.

Há pessoas que diriam que o PAN se preocupa com os animais de rua, quando há pessoas sem abrigo?

A minha resposta é: o que é que um assunto tem a ver com o outro?
Nada diz que uma pessoa que se preocupa com os animais não se preocupa com as pessoas. O PAN preocupa-se com a inclusão, com toda a população que seja vulnerável. Pessoas primeiro, Animais depois, e Natureza (PAN), Pessoas, Animais e Natureza.
Foi o PAN que fez a proposta que levou à lei que permite que uma pessoa idosa deduza as despesas que tem com o seu animal. Por razões óbvias, o animal tem um papel importante na vida dessa pessoa que frequentemente é solitária.
Na nossa ótica, a cidade de Guimarães deve ser pensada para as crianças, se for assim, é boa para toda a gente. Em Guimarães, faltam passadeiras, não há acessibilidade aos passeios, as urbanizações não tem espaços verdes, não há segurança para os peões. Numa cidade pensada para as crianças nada disto poderia ser assim. A nossa cidade é pensada para o adulto que trabalha e anda de carro.

Guimarães, do seu ponto de vista, é uma cidade pouco amiga das crianças?

Guimarães não foi pensada. A cidade não foi pensada para ninguém, evoluiu segundo duas lógicas: a separação e a especialização. Quer ir às compras? Vai de carro, mesmo que viva na cidade, o que é bizarro!
A lógica da especialização leva ao esvaziar do centro da cidade, para depois construir zonas comerciais nas periferias onde as pessoas vão de carro.
Uma cidade pensada para as crianças obedece à ideia de que a criança pode sair de casa e ter por ali um parque a poucos metros, cem metros no máximo.

A limpeza que se faz agora das matas, o que é que isso faz à biodiversidade, na sua opinião?

Jesus! Onde eu moro, em Ponte, há um parque onde a erva cresce naturalmente, sem ser regada, o que é ótimo, porque o nosso clima não dá para relvas. Aquilo é bonito, quando a erva está grande, mas pára pouco tempo assim. Logo que a erva está um bocadinho maior, logo aparecem os homens da Junta para cortar aquilo tudo.
Como se não bastasse, puseram lá um cartaz a dizer que é proibido jogar à bola, andar de bicicleta e passear cães à trela. Quer dizer, temos um parque onde as crianças não podem brincar e onde não podem entrar cães com trela. Para que é que serve?
E, pior, em Ponte ainda se limpam as ervas com pesticidas. Ruas inteiras passadas com pulverizador de pesticida. Toda a gente sabe que aquilo é cancerígeno. Vem depois a Câmara dizer que está muito preocupada com as abelhas.

Relativamente à biodiversidade…

No futuro temos que pagar o valor biológico da floresta, isso é o futuro. Temos que pagar o facto de a floresta captar carbono, de proteger os recursos hídricos, de proteger a qualidade do ar. Isso é óbvio, já há muitos anos.
Devemos pagar às pessoas para terem árvores, o valor ecológico tem que ser pago e futuramente vai ser assim. As pessoas atualmente não têm recursos para limpar os terrenos.
As propostas na área da habitação são transversais às várias forças políticas que se apresentam as estas eleições autárquicas, em Guimarães. Quais são as propostas do PAN nesta área?
Os bairros sociais deviam ser olhados com mais responsabilidade, não consigo conceber como é que o bairro da Emboladoura está naquele estado. A Câmara dirá que não é da sua responsabilidade, que é o Estado central que tem que tratar. Mas, aqui no bairro da Conceição também não era responsabilidade da Câmara e, quando foi a Capital Europeia da Cultura, encontraram uma solução. Pelo menos por fora melhoraram o aspeto. Mas, claro, os turistas não vão a Gondar!
O problema da diminuição da população é uma questão estrutural do país. Nos anos 90, já estudei este problema na universidade. O que é que foi feito? Que política natalista é que temos em Portugal?
Portugal é dos países do mundo com mais baixo índice sintético de fecundidade, com mais baixo nível de natalidade. As nossas gerações não se renovam. Vai haver cada vez menos jovens.
Em Guimarães não há falta de casas, há falta de casas acessíveis. A população vai continuar a não aumentar, a médio prazo teremos muitas casas vazias.

“Não há berçários nem creches para as poucas crianças que nascem”

Foto: Rui Dias / O MINHO

A sua perspetiva é pessimista. Não vamos inverter o ciclo de queda demográfica?

Acha que vamos? É quase impossível encontrar um berçário em Guimarães. Não há berçários nem creches para as poucas crianças que nascem. A Câmara tem que aumentar a oferta de berçários e creches, essa é outra medida que propomos.
Quando tive o meu filho, tive que fazer uma inscrição meio ano antes e não foi fácil. O que é que a Câmara tem feito para ajudar as famílias que querem ter filhos e têm que trabalhar?

Que ideias é que o PAN tem para a economia e para as empresas, num concelho tão industrial como Guimarães?

Nós não temos aquela ideia de esquerda de que o Estado é que deve fazer tudo. É por isso que não é fácil dizer se somos de esquerda ou de direita, mas nós somos favoráveis à iniciativa privada.
A nossa indústria têxtil ainda é de mão-de-obra muito intensiva. Dá muito emprego, mas era importante que os salários pudessem subir. Esta como qualquer outra indústria tem que dar o salto, tem que criar marcas.
A indústria deve estar nos locais certos, deve cumprir com a legislação. Se uma indústria polui reiteradamente é preciso ver qual é problema: é por querer, ou precisa de ajuda? No século XXI um empresário não pode achar que por criar empregos pode fazer o que quer. Eu nunca proporia a alteração do PDM, numa zona urbana, para colocar uma indústria. Vai-se eliminar uma zona verde e condicionar o crescimento de Urgezes para colocar uma empresa junto à entrada da autoestrada?

 
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