O juiz de instrução criminal determinou a prisão domiciliária (mas preventiva, na Cadeia Regional de Braga, enquanto não houver condições para instalar a pulseira eletrónica em sua casa) para “Lula”, que é suspeito de roubos em dois bares de Braga.
Um segundo arguido, “Vasquinho”, igualmente suspeito de comparticipação nos dois roubos, terá que se apresentar todos os dias na 1.ª Esquadra da PSP de Braga, enquanto continuarem todas as investigações ao cargo da Polícia de Segurança Pública.
À saída do primeiro interrogatório judicial dos dois detidos pela PSP de Braga, o advogado João Araújo Silva, o defensor dos suspeitos, considerou a O MINHO que “em face dos indícios o senhor juiz de instrução criminal tomou uma decisão acertada”.
É que o Ministério Público pugnou pela prisão preventiva para ambos os arguidos, enquanto a Defesa preconizava as medidas de coação, que não as de prisão preventiva, argumentando que “os factos em causa ainda não estão devidamente esclarecidos”.
O Comando Distrital de Braga da PSP deteve “Lula” (35 anos), do Bairro das Andorinhas, assim como “Vasquinho” (30 anos), do Bairro das Parretas, na sequência de duas queixas apresentadas por desacatos aliados a roubos, casos cometidos em Braga.
A primeira situação ocorreu num bar da Rua de São Martinho, próximo do Estádio Municipal de Braga, em que a posse de um capacete terá sido o motivo para visitas pouco amistosas, segundo as investigações do Comando Distrital de Braga da PSP.
Nesse caso de um bar na Rua de São Martinho, terão exigido 200 euros ao dono do bar, alegando que estaria no estabelecimento um capacete de moto, levando 70 euros consigo, comendo e bebendo, sempre sem pagar, segundo refere a queixa apresentada.
Entretanto, na madrugada desta sexta-feira, terão protagonizado incidentes, num bar das imediações da Sé Catedral de Braga, de onde roubaram 60 euros, depois de arrancada a caixa registadora, conforme a queixa à PSP, mas que ambos também negam.
Ambos estão indiciados por terem feito desacatos dentro do bar, na Rua do Forno, por trás da Sé Catedral de Braga, lançando uma jarra de vidro contra o teclado de um computador, tendo a PSP recuperado uma parte do dinheiro alegadamente roubado.
O Ministério Público pretendia a prisão preventiva para ambos, mas o juiz de instrução criminal decidiu que face aos atuais dados, Fernando Conceição (“Lula”) ficasse em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, que sucederá nos próximos dias.
Quanto a Vasco Lopes (“Vasquinho”) terá que apresentar-se diariamente à PSP, segundo o mesmo despacho judicial, impondo ainda que não haja contactos, por qualquer forma, com as vítimas e as testemunhas, sob pena de agravar as medidas de coação.
O advogado João Araújo Silva, defensor dos arguidos, mostrou-se agradado com as medidas coativas aplicadas pelo juiz de instrução criminal, uma vez que segundo o causídico, “os casos agora indiciados não terão sido cometidos como são descritos”.
“O senhor juiz de instrução criminal foi muito prudente, como é seu timbre, porque ainda há muitas circunstâncias para apurar, porque os meus clientes me dão versões diferentes daquelas pelas quais estão indiciados”, disse o advogado João Araújo Silva.