Prisão até 10 anos para quatro homens por assaltos a gasolineiras em Braga

Ladrões são reincidentes

O Tribunal de Aveiro condenou hoje a penas que variam entre cinco anos e nove meses e 10 anos de prisão quatro homens acusados de vários assaltos sobretudo a gasolineiras, ocorridos em Aveiro e Braga, em 2021.

Os arguidos, com idades entre os 28 e os 34 anos, estavam acusados de diversos crimes de furto, roubo na forma tentada, sequestro, detenção de arma proibida e falsificação de documento.

Os assaltos, realizados com recurso a viaturas furtadas que depois eram abandonadas, ocorreram entre abril e maio de 2021, sobretudo em postos de abastecimento de combustíveis, de onde furtavam dinheiro e tabaco.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que resultaram provados todos os factos da acusação, com exceção dos assaltos ocorridos em Caminha, Vila Nova de Cerveira e Seia.

A juíza explicou ainda que as penas foram aumentadas em um terço para três dos arguidos que são reincidentes neste tipo de crimes, tendo já estado detidos vários anos.

Estes três arguidos foram condenados a penas de 10 anos, oito anos e sete anos e meio de prisão, todas em cúmulo jurídico.

O quarto arguido foi punido com uma pena de cinco anos e nove meses de prisão, também em cúmulo jurídico.

Dois dos arguidos terão de pagar solidariamente mil euros a uma funcionária de um posto de abastecimento de combustíveis que foi vítima de um roubo na forma tentada.

O Tribunal declarou ainda a perda a favor do Estado de quase 2700 euros, correspondendo ao dinheiro que estaria dentro de dois cofres que os arguidos levaram consigo durante um assalto ao Minipreço em Riba D’Ave.

Até ao trânsito em julgado do acórdão, dois dos arguidos vão manter-se em prisão preventiva, enquanto os outros dois se encontram detidos à ordem de outro processo.

O caso mais grave aconteceu na madrugada de 04 de abril de 2021, no posto de abastecimento de combustíveis, situado na Estrada Nacional n.º 109, em Estarreja, distrito de Aveiro, tendo havido uma troca de tiros com a GNR.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), dois dos arguidos e mais dois indivíduos não identificados entraram no estabelecimento de cara tapada com passa-montanhas e munidos com uma caçadeira, tendo apontado a arma à funcionária e ordenado que se deitasse no chão.

O indivíduo armado ficou de guarda à ofendida, enquanto os restantes três transportaram para o veículo vários maços, onças e caixas de tabaco no valor global de 1.725 euros, 273 raspadinhas e quase 100 euros em moedas.

Depois, dirigiram-se ao escritório, onde se encontrava o cofre, tendo arrombado a porta com um martelo para aceder ao interior, mas foram surpreendidos com a chegada da GNR e iniciaram uma fuga a pé, deixando para trás o veículo furtado.

 
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