Declarações após o jogo da 16.ª jornada da I Liga de futebol entre SC Braga e Tondela (2-1), que hoje decorreu em Braga:
Rúben Amorim (treinador do SC Braga): “O Tondela é uma equipa muito forte fora de casa, apresentou-se com cinco defesas e tirou-nos espaço, mas isso é normal. Em termos táticos, não houve mudanças da primeira para a segunda parte, apenas sei que uma equipa não consegue tapar os espaços durante todo o jogo. Depois, começaram a chegar tarde ao Galeno, ao Trincão, ao Paulinho e isso facilitou-nos o jogo.
Mas tivemos sempre o controlo do jogo, o golo deles foi uma falha nossa, e foi uma vitória inteiramente justa. Tem um sabor especial, que fortalece o grupo, mas vale os mesmos três pontos da vitória com o Belenenses SAD.
(Alguns assobios na primeira parte) Há muita coisa a trabalhar, é normal a impaciência dos adeptos, mas os jogadores vão saber que podem fazer o mesmo tipo de passe [lateral] com outra pancada na bola, mas se não conseguirem fazer isso, não jogam, esta é a nossa ideia e os jogadores têm que a seguir. Conheço o público do Braga, a sua exigência, mas era para manter esta forma de jogar, ganhamos e perdemos assim.
(Galeno mais recuado) É claramente uma posição que está a ser trabalhada. Claro que ele é um jogador muito mais ofensivo que defensivo, tem dificuldade em jogar em zonas interiores, gosta de estar sempre encostado à linha, onde é muito perigoso. Ele consegue arrastar a equipa.
(Jogadores afetados?) Tem tudo a ver com a pressão de vencer e jogar em casa cria uma pressão adicional aos jogadores, há que aceitar isso, é síndrome de clube grande. Os adeptos estavam impacientes, os jogadores também começaram a ficar, sentiu-se alguma instabilidade, mas eles têm que aguentar os assobios.
(Claques anunciaram boicote para jogo com FC Porto) Vamos ao Dragão para tentar trazer de lá um bom resultado e fazer felizes os nossos adeptos, porque mesmo se eles não estiveram lá, sabemos que estão connosco”.
Natxo González (treinador do Tondela): “É uma mescla de sensações, o resultado é o importante, é o que permite somar pontos. É uma pena, porque estávamos perto de fazer algum ponto, mas estou satisfeito com a atitude da equipa num campo difícil, com um adversário com grande qualidade individual, o desgaste dos momentos finais custou-nos o jogo, mas tiro conclusões positivas.
É difícil sobreviver a 50 minutos continuamente na tua área, com muita bola aérea. Cometemos o erro de procurar sempre a transição rápida e, à medida que passam os minutos, tens de procurar mais a pausa, senão, queres correr e não consegues. Foi uma pena, mas não posso pedir mais, encostámos às cordas um adversário que vinha de um jogo contundente fora de casa”.