O presidente da Empordef, que gere as participações públicas nas empresas de Defesa, sustenta que a `holding´ gera valor para o setor público e se fechasse hoje teria 13 milhões de euros a entrar nos cofres do Estado.
“O Estado, no final desta operação, vai ficar com ativos superiores aos passivos e fará o que bem entender”, disse João Pedro Martins, em entrevista à Lusa, admitindo que a `holding´, em processo de liquidação, teria capacidade para regressar à atividade “mudando de nome”.
O economista foi nomeado liquidatário da Empordef em setembro de 2017 pelo então ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, com a missão de concretizar uma resolução do anterior Governo, de 17 de julho de 2015, que determinava a extinção da “holding”.
A Empordef hoje “gera valor” e “até poderia regressar à atividade mudando o nome mas essas são questões que não me compete definir, embora tenha feito algumas propostas sobre o assunto”, disse.
Afirmando não querer “entrar em questões políticas” sobre possíveis soluções para a gestão das participações públicas no setor da Defesa, João Pedro Martins disse que “há várias possibilidades, desde uma reestruturação do grupo, ou uma passagem das ações das sociedades âncora para uma sociedade gestora de participações sociais”.