O presidente da câmara de Famalicão, Paulo Cunha, revelou, esta quarta-feira, que vai avançar com medidas de incentivo à participação cívica dos jovens, uma vez que defende a antecipação da idade para votar dos 18 para os 16 anos.
“É minha convicção que a sociedade portuguesa ganhava com este processo, porque estaríamos a dar um sinal claro aos nossos jovens de que contamos com eles e queremos que se envolvam e que participem ativamente na construção da sociedade tão cedo quanto possível”, refere Paulo Cunha, citado em comunicado da autarquia de Famalicão.
O autarca eleito pela coligação PSD/CDS-PP, questiona, por exemplo, se faz sentido que o país considere que um jovem com 16 anos tem maturidade suficiente para contrair matrimónio ou para celebrar um vínculo contratual de trabalho, bem como para escolher um curso superior, mas não reconheça a esse mesmo jovem maturidade para participar no processo eleitoral de escolha dos seus governantes.
“Os jovens com 16 anos têm todas as capacidades e o discernimento necessário para votarem”, defende Paulo Cunha, acrescentando que “não se pode passar o resto da vida” a pensar que os jovens “são os culpados por estarem desligados”.
“É nossa responsabilidade dar contributos líquidos claros para ajudar a resolver o problema. Não podemos ficar à espera de que os jovens venham ter connosco, temos de ir ter com eles”, aponta o autarca.
Partindo desta convicção, o presidente da câmara de Vila Nova de Famalicão avançou que vai “convocar os jovens e, em concertação com todos os movimentos juvenis, procurar criar condições para a sua crescente participação e formação cívica“.
A câmara de Famalicão vai lançar um plano de auscultação e de recolha de contributos junto da juventude do concelho, incluindo as associações representativas dos mais jovens.
A autarquia quer, conforme descreve no comunicado, perceber quais as expectativas e anseios dos jovens em relação à comunidade que os envolve para, posteriormente, definir, anunciar e colocar em ação “um conjunto de medidas estimuladoras da participação cívica dos jovens”.
O objetivo é aproximá-los da comunidade e torna-los “agentes ativos do desenvolvimento do território”.
“Estes são objetivos concretos que vamos prosseguir, com o único propósito de os estimular e capacitar com mais e melhores condições para que possam participar ativamente na definição do futuro da comunidade, que a eles pertence”, refere Paulo Cunha.
O autarca já transmitiu esta posição e este plano aos membros do Conselho Municipal da Juventude, uma estrutura que reúne representantes do tecido associativo e partidário juvenil de Famalicão.
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