Mário Constantino, presidente da Câmara de Barcelos, é candidato à liderança da concelhia do PSD, foi hoje anunciado. As eleições decorrem no próximo sábado.
Em comunicado, o autarca, que liderou uma coligação entre o PSD, CDS e o movimento independente Barcelos, Terra de Futuro para tirar à Câmara aos socialistas, que estavam há 12 anos no poder, salienta que “não foi uma decisão momentânea”.
“Pelo contrário; já há muito tempo que, face ao período conturbado que o nosso partido viveu, tinha decidido avançar com esta candidatura”, afirma Mário Constantino, numa alusão ao processo de escolha do candidato à Câmara, que foi tudo menos pacífico.
Recorde-se que Bruno Torres, que liderava a concelhia, demitiu-se após ver o seu nome chumbado, por apenas um voto, numa votação daquele órgão. Tomou o seu lugar o vice-presidente, António Lima, que se opunha à candidatura de Mário Constantino que seria alicerçada numa aliança com o BTF, liderado e fundado pelo ex-socialista e vice-presidente do executivo PS, Domingos Pereira.
A concelhia chegou mesmo a indicar o nome do empresário João Sousa, o qual foi aprovado pela Distrital, mas Rui Rio acabou por impôr Mário Constantino.
Agora, Mário Constantino procura liderar a concelhia do partido com o objetivo de lhe dar “estabilidade”. “Uma estabilidade que não seja sinónimo de conservadorismo, pelo contrário, que nos permita construir pilares para uma estratégia política de longo prazo”, refere.
E acrescenta: “Como força partidária de maior expressão na Coligação Barcelos Mais Futuro que governa a Câmara Municipal, o PSD tem de dar o exemplo de um partido bem organizado, unido, coerente e solidário”.
Constantino também quer o PSD/Barcelos que “se abra à sociedade civil, que seja uma força político partidária capaz de atrair massa crítica, jovens valores emergentes mas também quadros técnicos com competência e provas dadas, nas mais diversas áreas de atividade social e profissional”.
“Nesse sentido, é também fundamental modernizar o Partido, sintonizá-lo com a sociedade civil, capaz de não só apresentar propostas e soluções, como conseguir transmiti-las eficazmente, potenciando a comunicação digital das redes sociais”, refere.
E “no mesmo caminho da sintonia do Partido com o pulsar das populações”, o candidato quer “reforçar a representação dos autarcas locais nos órgãos concelhios”. “Até porque é nosso objetivo descentralizar as reuniões da Comissão Política, realizando-as pelas diversas freguesias do nosso concelho, incentivando, desta forma, a participação de um maior número de pessoas e os contributos que queiram aportar à direção do partido”, explica, terminando a apelar a “uma forte mobilização no ato eleitoral”.