O presidente do PSD, Luís Montenegro, disse hoje em Ovar que a solução de apoio do PSD a um candidato presidencial “está perto”, num auditório em que Luís Marques Mendes estava sentado na primeira fila, provocando risos na plateia.
“Não é assunto para nos preocupar. Não é assunto para provocar, aqui, nenhuma intranquilidade. Sabemos que a solução está perto”, disse hoje Luís Montenegro sobre o apoio do PSD a um candidato presidencial, provocando risos na plateia do 5.º Encontro Nacional de Autarcas Social-Democratas, que antes tinha recebido o ex-presidente do PSD Luís Marques Mendes com uma ovação de pé.
Apesar da reação da plateia, o líder do PSD prosseguiu, garantindo que a candidatura apoiada pelo PSD “será uma boa solução, vai mobilizar o país e vai dar ao país aquilo que o país precisa, que é ter, na Presidência da República, alguém que modere os poderes soberanos, que garanta a relação da política com a sociedade e não nenhum projeto pessoal ou político-partidário”.
Antes de elencar que a solução do PSD estava perto, Luís Montenegro já tinha dito que o partido definiu uma estratégia, com a moção de estratégia apresentada no congresso de Braga que indicava que o candidato devia ser um militante do partido, e vai “executá-la”.
“Temos a plena confiança de que apesar destas eleições serem eleições eminentemente unipessoais, dependentes da vontade de cada candidato se apresentar a sufrágio, de apresentar as suas ideias, de apresentar o seu projeto, estamos muito tranquilos”, garantiu o também primeiro-ministro.
Assim, Luís Montenegro garantiu que o PSD não vai “deixar de ter um candidato” da sua área política e do seu partido.
Também hoje, questionado pelos jornalistas em Ovar, Marques Mendes recusou-se a falar sobre a sua eventual candidatura à Presidência da República, tendo acrescentado que hoje “já tinha falado de mais”.
Em outubro, no congresso do PSD em Braga, questionado várias vezes sobre se iria anunciar a decisão sobre uma candidatura à Presidência da República, o ex-líder do PSD não respondeu, remetendo sempre para 2025 a decisão: “Queria dizer-vos o seguinte: eu registei o gesto de simpatia do presidente do PSD e primeiro-ministro ao falar de mim, há dias”.
“Mas quero sublinhar que a candidatura presidencial é uma decisão individual, às vezes quase solitária, e sobre essa matéria eu falarei, sem dúvida, quando tomar uma decisão em 2025”, apontou.
As eleições presidenciais deverão acontecer no início de 2026.