Ao contrário do que se poderia julgar, o segundo trimestre do ano de 2020 – que coincidiu com o surto de covid-19 – registou um aumento no preço das casas em vários concelhos do país, com Braga a ser a terceira capital de distrito com maior subida, à frente de Porto ou Lisboa. O concelho bracarense registou mesmo um novo máximo histórico com o preço do metro quadrado a cifrar-se nos 1.161 euros.
De acordo com a plataforma de venda e compra de casas – idealista.pt – o preço da habitação no concelho de Braga cresceu 3,1%, sendo só suplantada por Coimbra (3,9%) e Viseu (3,7%). O concelho do Porto, por exemplo, registou uma subida de 1,6%. Lisboa, por sua vez, registou uma descida nos preços de 1%.
Casa metro quadrado de habitação no concelho de Braga está avaliado em 1.161 euros, não sendo, no entanto, a cidade mais cara do distrito, apesar de ser a capital. Esse papel cabe a Esposende, com o metro quadrado a custar 1.177. O único concelho com praia no distrito registou um aumento de 0.8% no preço da habitação durante a pandemia. Guimarães (948 euros) e Famalicão (916 euros) são outras duas cidades do distrito onde o preço das casas subiu. O berço de Dom Afonso Henriques registou uma subida maior do que Braga, cifrando-se nos 3,5%, enquanto que Famalicão registou uma subida de 1,8%.
Na tabela, a surpresa da maior subida vai para Vieira do Minho, que registou um aumento de 12% no preço do metro quadrado, situando-se agora no valor de 834 euros. Por sua vez, Cabeceiras de Basto registou uma descida de 10%, com o metro quadrado e cifrar-se nos 652 euros, sendo o concelho onde é mais barato comprar casa em todo o distrito.
Barcelos, Braga, Guimarães, Famalicão e Vizela atingiram novos máximos históricos em junho de 2020.
Viana e Caminha mais caros. Monção e Arcos de Valdevez com maiores subidas
No distrito do Alto Minho, as maiores subidas couberam a Monção (13,2%) e Arcos de Valdevez (12,2%). Em Monção o preço por metro quadrado custa agora 671 euros enquanto que em Arcos de Valdevez o preço subiu para 865.
O concelho de Viana do Castelo mantém-se como o mais caro para compra de habitação (1.169 euros), registando um ligeiro aumento de 1,5%. Segue-se Caminha (1.054 euros), apesar da descida de 0,1% ao longo dos meses de abril, maio e junho.
A maior queda registou-se em Cerveira (6,4%), estando agora o metro quadrado a 893 euros. O concelho mais barato do distrito (e de toda a região do Minho) para comprar casa é Paredes de Coura, com o metro quadrado a valer 579 euros.
Tabelas do preço por metro quadrado e oscilação no segundo trimestre
Amares, 827 euros/m2, subida de 0,2 %
Barcelos, 889 euros/m2, subida de 2,5 (novo máximo histórico)
Braga, 1.161 euros/m2, subida de 3,1 % (novo máximo histórico)
Cabeceiras de Basto 652 euros/m2, descida de 10,8 %
Celorico de Basto, 775 euros/m2, subida de 3,2 %
Esposende, 1.177 euros/m2, subida de 0,6 %
Fafe, 711 euros/m2 , descida de 3,1 %
Guimarães, 948 euros/m2, subida de +3,5 % (novo máximo histórico)
Póvoa de Lanhoso, 728 euros/m2, descida de 0,9 %
Terras de Bouro, 869 euros/m2, subida de 1,0%
Vieira do Minho, 834 euros/m2, subida de 12,0 %
Famalicão 916 euros/m2, subida de 1,8 % (novo máximo histórico)
Vila Verde 737 euros/m2, descida de 0,1 %
Vizela 798 euros/m2, subida de 4,1 % (novo máximo histórico)
Média do distrito de Braga, 1.034 euros, subida de 2,6% (novo máximo histórico)
Arcos de Valdevez 865 euros/m2, subida de 12,2 % (novo máximo histórico)
Caminha 1.054 euros/m2, descida de 0,1 %
Monção 671 euros/m2, subida de 13,2 %
Paredes de Coura 579 euros/m2, subida de 0,3 %
Ponte da Barca 591 euros/m2, descida de 1,3 %
Ponte de Lima 909 euros/m2, subida de 4,7 %
Valença 651 euros/m2, descida de 3,2 %
Viana do Castelo 1.169 euros/m2, subida de 1,5 %
Cerveira 893 euros/m2, descida de 6,4 %
Média do distrito de Viana do Castelo, 1.015 euros/m2, subida de 0,1 %