Pré-avisos de greve comunicados no primeiro semestre aumentam mais de 90%

Foto: Ivo Borges / O MINHO / Arquivo

Os pré-avisos de greve comunicados ao Ministério do Trabalho e à direção-geral da administração pública totalizaram 1.499 até junho, um aumento de 92,2% face ao mesmo período do ano anterior, segundo dados oficiais.

No primeiro semestre do ano foram comunicados à Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) um total de 575 pré-avisos de greve, que compara com 148 no mesmo período do ano anterior, ou seja, um aumento de 288,5% face ao período homólogo.

Já os pré-avisos de greve comunicados ao Ministério do Trabalho até junho, relativos aos setores privado e empresarial do Estado aumentaram em 46,2%, para 924, segundo dados publicados pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).

A subida dos salários para fazer face ao aumento do custo de vida devido à inflação foi um dos principais motores dos protestos.

Na administração pública, os dados da DGAEP mostram que, do total de 575 pré-avisos comunicados, a grande maioria registou-se na educação (478), seguida pela saúde (38), administração local (14) e Justiça (14).

Nos Negócios Estrangeiros foram entregues 13 pré-avisos de greve, cinco na administração interna, um nas Finanças um e na Agricultura e Alimentação. Há ainda registo de onze pré-avisos em áreas setoriais “diversas”.

A contagem é feita tendo em conta os pré-avisos de greve comunicados, não considerando assim as paralisações que acabaram por ser desconvocadas.

Por sua vez, os dados publicados pela DGERT indicam que, do total de 924 pré-avisos comunicados ao Ministério do Trabalho, 567 ocorreram fora do setor empresarial do Estado e 357 dentro do setor empresarial do Estado.

Tendo em conta apenas o mês de junho, foram comunicados 170 pré-avisos à DGERT, face a 180 no mês homólogo, sendo os setores mais afetados as atividades administrativas e dos serviços de apoio (19%), as atividades de informação e de comunicação (19%), seguidos pela administração pública e defesa; segurança social obrigatória (17%), indústrias transformadoras (11%) e transportes e armazenagem (9%).

 
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