O Presidente da República agradeceu hoje ao bispo de Viana do Castelo o apelo que lhe lançou para liderar uma estratégia nacional contra os incêndios florestais, informou o secretariado diocesano para a comunicação social.
Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu “a ajuda” de Anacleto Oliveira, referindo que “a Igreja é, tantas vezes, acusada de ser silenciosa demais em vários níveis“.
“Foi muito bom porque ando nesta guerra há quase um ano”, diz a mensagem que o chefe de Estado enviou hoje, cerca das 13:00, ao bispo da capital do Alto Minho.
“É urgente a mobilização de todas as pessoas, sem exceção, e a começar pelos seus maiores responsáveis: o senhor Presidente da República, que, além da posição única que ocupa, tem um jeito peculiar e um prestígio suficientemente reconhecido, até para liderar a mobilização de toda a nação nesta causa nacional. Faça-o, senhor Presidente, por favor”, apelou Anacleto Oliveira, no domingo, após a missa que celebrou em honra de Nossa Senhora da Agonia, padroeira dos pescadores de Viana do Castelo.
Hoje, na resposta que enviou ao bispo, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que muitas vezes não se vê o trabalho que faz, “só a parte mais humana e mais afetiva”.
“Como imagina, a minha intervenção vai muito mais além disso e há muitos meses“, referiu o chefe de Estado na mensagem.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que “com o aproximar do termo do período de incêndios a intervenção de Anacleto Oliveira não foi perturbadora, mas uma grande de uma ajuda”.
No domingo, perante milhares de pessoas que se concentraram no cais de Viana do Castelo, de onde partiu a procissão ao mar e ao rio em honra de Nossa Senhora da Agonia, o bispo disse que a “causa nacional” contra os incêndios deve envolver “todos os governantes, nacionais e locais, com os meios que só eles podem administrar”.